Médico Carlos Mena relata sua jornada de empreendedor no PCT Guamá

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Médico Carlos Mena relata sua jornada de empreendedor no PCT Guamá

 

 

 

A partir do relato histórico e contemporâneo do empreendedorismo, o médico, empreendedor e investidor Carlos Mena apresentou a empreendedores, gestores, pesquisadores e graduandos das áreas de biotecnologia, meio ambiente e energia a desafiadora jornada de empreender no Brasil. O compartilhamento de suas experiências ocorreu em palestra na manhã desta quarta-feira (12/6), no auditório de Centro de Excelência em Eficiência Energética da Amazônia (Ceamazon), no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá).

 

 

 

Na palestra “Além da imaginação: a aventura do empreendedorismo no Brasil”, Mena apresentou os conceitos do empreendedorismo por meio de teorias comportamentais e econômicas clássicas, mencionando autores como Daniel Kahneman (Nobel de Economia); teorias psicológicas de  David McClelland; trabalhos da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEAUSP), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), além da vivência pessoal cotidiana com as variáveis embutidas nas ações empreendedoras. Mena abordou a evolução histórica e apresentou compilações estatísticas, fez comparações entre a realidade brasileira e democracias capitalistas consolidadas.

 

 

 

Entre as qualidades determinantes para empreender no Brasil, segundo Mena, estão o otimismo e o a confiança em excesso, que têm aspectos positivos, mas devem ser desenvolvidas com cautela para não comprometer o negócio e, sim, buscar sua permanência e a expansão no mercado. “Em muitos casos, a superconfiança pode levar a decisões precipitadas, que comprometerão a sobrevivência da empresa. Mas ser confiante na medida é necessário assim como ser otimista, para driblar os reveses de um país com grande carga tributária como é o caso do Brasil”, mencionou. Para o empresário, empreender é estar motivado, otimista, avaliar os riscos e recompensas do negócio e ter a percepção do contexto favorável para o seu empreendimento. “Quem não tiver estas qualidades e não estiver num ambiente favorável para o seu negócio, não conseguirá executá-lo”, ressaltou Mena.

 

 

 

Também participaram dos diálogos o diretor-presidente do PCT Guamá, Antônio Abelém; o professor Antônio Pereira Junior (Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, Universidade Federal do Pará -UFPA, Instituto do Cérebro de Natal) e o professor Carlomagno Bahia, da Amazonia Biotech, empresa incubada no Programa de Incubação de Empresas de Base Tecnológica (PIEBT) na Agência de Inovação da UFPA (Universitec/UFPA). O evento foi uma realização em parceria da Amazonia Biotech, PCT Guamá e Universitec/UFPA.

 

 

 

Em entrevista ao PCT Guamá, Carlos Mena, que está em fase de expansão do seu negócio principal na área de mineração, conversou sobre como foi a transição de sua jornada de médico a empreendedor e sobre seus planos de empreender como investidor na área de inovação:

 

 

 

 

 

Como foi sua transição da prática da medicina ao empreendedorismo no setor mineral?

 

 

 

Sou médico por vocação e formação e empresário por influência de eventos aleatórios. Iniciei minha vida profissional no estado de Rondônia.  Circunstâncias diversas como o contexto econômico da cidade onde eu residia ser favorável à atividade mineral me encaminharam, após dois anos de prática médica, para o empreendedorismo. Há 25 anos empreendo no setor mineral. Mineração e metalurgia são minhas atividades principais. Cassiterita é o principal minério. Rondônia, Mato Grosso e Pará são os estados onde concentro os investimentos. A metalurgia (fundição) da cassiterita resulta em estanho. A fábrica está localizada em Rondônia. Hoje, destino 100% da produção ao mercado asiático.

 

Quais experiências o senhor já teve como investidor na área de inovação?

 

Não tenho contato com organizações da área de inovação por enquanto. Meus projetos pessoais estão voltados para educação. Investimentos direcionados a escolas públicas. Tenho a compreensão pragmática da inovação. Meus resultados econômicos/financeiros são frutos dela. Direciono, nos meus negócios próprios, importantes valores a ela. Pretendo me aproximar de instituições brasileiras voltadas à inovação.

 

 

 

 O senhor tem demandas tecnológicas atuais em sua empresa na área de mineração?

 

A mineração demanda contínua busca de melhoria de processos. Meu empenho por avanços tecnológicos é permanente.

 

Como o senhor observa iniciativas de incubadoras e parques tecnológicos no apoio à interface entre pesquisadores/empreendedores/investidores e mercado?

 

Não tenho experiência pessoal com incubadoras e parques tecnológicos. Tenho, contudo, a visão global da importância destas experiências no desenvolvimento científico e tecnológico de um país e dos desdobramentos nos indicadores de qualidade de vida de sua população. Reitero meu interesse na aproximação de experiências como a do Parque de Ciência e Tecnologia Guamá. Agradeço a oportunidade de compartilhar minhas impressões e experiências na área do empreendedorismo com a comunidade acadêmica, em especial, abnegados e determinados brasileiros que se dedicam a busca de um país melhor, mais justo e menos desigual.

 


 

Texto: Solange Campos – Assessoria de Comunicação do PCT Guamá


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