Grupo discute incentivo a projetos de inovação e tecnologia

Representantes do Centro Internacional de Negócios (CIN-Pará) e da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex) reuniram-se na última quarta-feira (4), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), para discutir formas de viabilizar projetos inovadores que tornem os produtos e serviços paraenses mais competitivos no mercado nacional e internacional.

Com o objetivo de promover uma cultura de inovação tecnológica, criatividade e empreendedorismo no Pará, também foram chamados para discutir sobre o cenário da inovação representantes do Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá (PCT Guamá), Programa Redes – Inovação e Sustentabilidade, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Pará (Sebrae-PA), Conselho de Jovens Empresários da Associação Comercial do Pará (Conjove/ACP-PA) e da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec-PA). O grupo pretende incentivar projetos de empresas nascentes (startups), além de criar uma cultura de inovação nas indústrias por meio da intermediação da prestação de serviços e produtos das empresas de base tecnológica.

O projeto a ser construído está diretamente ligado à Tecnologia da Informação (TI) que, por definição, trata-se do conjunto das atividades e soluções providas por recursos de comunicação que visem à produção, entre outras competências. “A indústria, hoje, enxerga com maior importância a necessidade de desenvolver a TI nacional. Trouxemos o apoio técnico-financeiro da APEX para promover iniciativas nesse setor aqui no Pará”, comenta Raul Tavares, gerente do CIN-Pará.

Segundo Raul, foi criado um grupo de trabalho para viabilizar convênios e parcerias que incentivem processos de tecnologia e inovação no Pará. “Mesmo não tendo um parque industrial de TI robusto e mais avançado, conseguimos criar convênios com diversas empresas, buscando auxiliar no desenvolvimento e reconhecimento não apenas da indústria local, mas do Estado como um todo”, finaliza.

Aproveitar o potencial paraense, por meio da capacitação nos mais diversos setores, também foi um dos pontos altos da reunião. “O estado do Pará é tem um potencial natural e vantagens que lhe são bastante peculiares e deveriam colocar-lhe em condições mais competitivas. No entanto, todo esse potencial necessita de ações paralelas que deem suporte ao desenvolvimento da indústria local. Precisamos criar uma cultura industrial e desenvolver essas tecnologias, tornando nossas empresas mais competitivas no mercado internacional”, diz José Severino Filho, gestor da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec).

Aproximar a indústria convencional das startups tem sido um dos desafios da Softex. Os grandes empresários têm se mostrado cada vez mais sensíveis aos projetos desenvolvidos pelas startups e a expectativa é de que toda a evolução necessária seja viabilizada através do reconhecimento da importância entre ambos. “Nós, da Softex, defendemos as empresas que têm capacidade de atuar fora do país, mas também auxiliamos aquelas que pretendem chegar nesse patamar. Afinal, tornar as empresas mais globais continua sendo o nosso objetivo. Identificar as potencialidades do Pará e trazer os investimentos pontuais para a região traz resultados de curtos, médios e longos prazos e, dessa forma, a Indústria local só tende a crescer”, ressalta Diônes Lima, gerente de inovação e empreendedorismo da Softex.

O diretor-presidente do PCT Guamá, Antônio Abelém, mencionou que o parque tecnológico também tem desenvolvido ações de fomento ao empreendedorismo inovador envolvendo startups e que somará esforços para iniciativas que visem a aceleração de empresas nascentes de base tecnológica na região. “O PCT Guamá tem o papel de contribuir para também garantir maior competitividade destas empresas, reter o capital intelectual em nossa região e para desenvolver negócios inovadores em escala regional, nacional e internacional”, comentou.

Rede – O PCT Guamá tem gestão da Fundação de Ciência e Tecnologia Guamá (Fundação Guamá), organização social sem fins lucrativos, criada por meio de um convênio entre a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica (Sectet), a UFPA e a UFRA. Conta com aporte financeiro da Sectet, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), por meio da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa).

Também tem o apoio da Embrapa Amazônia Oriental, da Eletrobras/Eletronorte, do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Pará (Sebrae-PA), da Agência de Inovação da Universidade Federal do Pará (Universitec/UFPA), da Universidade do Estado do Pará (UEPA), do Banco da Amazônia, da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), da Secretaria de de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, do programa  Redes Inovação e Sustentabilidade Econômica, do Museu Paraense Emílio Goeldi e do Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa).

Texto e fotos: ASCOM FIEPA com informações da ASCOM PCT Guamá.