Vantagens da certificação MPS.BR em seminário sobre qualidade em software
Estudantes, dirigentes e funcionários de empresas e de instituições de ensino e pesquisa do Pará ligadas ao setor de software, marcaram presença nesta sexta-feira (12/4), no Seminário Qualificação de Empresas Paraenses de Software, realizado no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá). O evento, organizado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) em parceria com o PCT Guamá, firmou a entrega dos convênios e a assinatura dos contratos pelas empresas selecionadas no edital público do projeto Melhoria do Processo de Empresas Paraenses de Software.
Inserido nas ações do programa Polo de Software do Pará, idealizado pela Secti para aumentar a competitividade do setor no estado, o projeto selecionou quatro empresas com o objetivo de viabilizar o acesso delas ao processo de certificação no Programa de Melhoria de Processos do Software Brasileiro (MPS.BR), o qual estabelece parâmetros de qualidade e produtividade nos processos de software no Brasil. A ação tem investimento de R$200 mil por parte do Governo do Estado e recursos de R$ 5 mil como contrapartida de cada uma das empresas participantes para o custeio de seus processo de certificação.
Durante a abertura do evento, o coordenador do Programa de Qualificação de Empresas Paraenses de Software, Rodrigo Quites, explicou que entre as mais de 400 empresas que estão inseridas no processo de certificação MPS.BR, somente uma é paraense, o que demonstra o atraso do Pará no setor: “O setor de software no Pará é uma prioridade, por isso lançamos o edital buscando a implantação de melhorias de processos de software, pois, no futuro, queremos ter empresas paraenses de alto nível de maturidade”.
“O nosso principal objetivo com a participação nesse projeto é melhorar a qualidade do nosso produto no mercado, o que gera, consequentemente, mais visibilidade para o nosso negócio também”, afirma Ronaldo Andrade, diretor de Relacionamentos da empresa CS-CONSOFT – Consultoria e Sistemas LTDA, uma das selecionadas pelo edital.
Palestra – O evento contou também com a palestra “Por que investir em melhoria de processos? É possível ter retorno do investimento?”, realizada pela professora Ana Regina Cavalcanti da Rocha, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Na ocasião, a professora compartilhou a experiência na atuação como consultora em projetos relacionados à melhoria de processos: “O processo deve atender as necessidades de negócios da empresa, o que envolve metas como aumento da qualidade do produto, maior produtividade, redução do tempo para atender o mercado, maior competitividade e maior precisão nas estimativas”.
A professora Ana Regina elogiou a iniciativa da Secti ao estabelecer o programa Polo de Software do Pará, o qual será sediado no PCT Guamá. Entre as próximas ações futuras do Polo está o Programa de Residência em Software, o qual abrangerá dois setores prioritários: mineração e agroindústria no estado. O Programa abrangerá cursos em residência em software voltados para o aperfeiçoamento de recém-formados, realizados em parceria com o PCT Guamá e o Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará. A previsão para o início das primeiras turmas é em agosto deste ano.
Gestão – O PCT Guamá é sediado em Belém (PA) e tem as áreas de Biotecnologia, Tecnologia da Informação e Comunicação, Energia, Tecnologia Ambiental e Tecnologia Mineral como prioritárias para negócios e pesquisas de base tecnológica. A gestão do parque paraense cabe à Fundação de Ciência e Tecnologia Guamá, por meio de convênio entre a Universidade Federal do Pará (UFPA), Secretaria de Estado, Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e conta ainda com aporte financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). Também tem o apoio da Embrapa Amazônia Oriental, da Eletrobras/Eletronorte, do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Pará (SEBRAE-PA), do Museu Paraense Emilio Goeldi e da Universidade do Estado do Pará (UEPA).
Texto: Igor de Souza – Ascom Secti
