Estande do Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, na tenda SBCP Jovem, apresenta projetos inovadores e até uma arena gamer
Tecnologias para educação, mobilidade urbana, e geração de energia limpa, estão expostas no estande do Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, durante a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na Universidade Federal do Pará (UFPA), desde segunda-feira (8) até este sábado (13). Iniciativas desenvolvidas por empresas e laboratórios do complexo estão em exposição no local.
Mais de 700 visitantes passaram pela instalação só nos primeiros dois dias de evento. “Foi um processo de articulação com os empreendimentos residentes do Parque, com associados e laboratórios, todos com essa pegada tecnológica”, acrescenta Ângela Nascimento, assistente técnica da Fundação Guamá, que administra o Parque.
A Amazônia Gaming, uma arena gamer montada no espaço do PCT Guamá, tem recebido muitos jovens. Computadores, simuladores e gamers estão à disposição para os visitantes que passam pela trilha interativa das iniciativas do complexo. Rodrigo Campelo, estudante, passou pela arena e comentou sobre a interação. “O espaço está sendo muito interessante, a gente passou por todas as áreas até chegar aqui na arena gamer. Dá para se divertir e aprender bastante”.
Estudantes da Escola Municipal Amancia Pantoja, movimentaram o estande do Parque. Os alunos do primeiro ao quinto ano conheceram projetos ligados a ciência. Para professora Simone Oliveira, essa interação é muito importante para as crianças. “Esse contato desenvolve várias habilidades. Eles são bastante curiosos de ver, conhecer, participar. Espaços e eventos como esse são muito importantes”.
Tecnologias para o cotidiano
O Centro de Excelência em Eficiência Energética da Amazônia (Ceamazon), laboratório da UFPA residente do PCT Guamá, participa do estande com soluções inovadoras para o uso sustentável dos recursos energéticos da região, que impressionam quem visita o espaço. “As pessoas, às vezes, desconhecem o quanto de tecnologia que a gente desenvolve na Amazônia e para a Amazônia, para atendimento de demandas na área de geração, transmissão e uso de energia de forma sustentável que não agrida o meio ambiente. Aqui elas podem ter contato com isso e entender como tudo funciona, se conecta e melhora sua vida”, afirma Wellington Fonseca, pesquisador do Ceamazon.
Um celular comunitário, que pode atender comunidades isoladas da Amazônia também é destaque no estande. O projeto é desenvolvido pelo Laboratório de Sensores e Sistemas Embarcados (Lasse), da UFPA, que também funciona dentro do PCT Guamá. Felipe Bastos, pesquisador, explica o potencial da iniciativa. “Muitas comunidades isoladas na Amazônia acabam não tendo acesso à telefonia celular, a comunicação entre as comunidades, com a cidade. O celular comunitário pretende levar uma rede experimental de telefonia, e com equipamentos do próprio laboratório a gente consegue estabelecer uma rede de telefonia celular onde as pessoas conseguem se comunicar internamente dentro comunidade usando todas as funções que uma operadora poderia propor”.
Aplicativos voltados para educação, desenvolvidos pela Inteceleri, startup residente do Parque, atraem o público. O pequeno Henrique Loureiro, de 11 anos, gostou dos óculos Miriti Board, que usa realidade virtual para ensino de geometria. “É muito bacana. É muito mais sustentável. É inovador, pode ajudar muito o meio ambiente”.
Visitas ao estande
As iniciativas do PCT Guamá seguem em exposição até este sábado. O estande está localizado na SPBC Jovem, uma das tendas montadas próximo ao prédio da reitoria da UFPA. A Reunião da SBPC é o maior evento de ciência da América Latina, que visa difundir os avanços científicos para a população e debater políticas públicas nas áreas correlatas como tecnologia, inovação, desenvolvimento sustentável e educação.
Referência em inovação na Amazônia
O PCT Guamá é uma iniciativa do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica (Sectet), que conta com a parceria da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e gestão da Fundação Guamá.
É o primeiro parque tecnológico a entrar em operação na região Norte do Brasil e tem como principal objetivo estimular a pesquisa aplicada e o empreendedorismo inovador e sustentável.
Situado em uma área de 72 hectares entre os campi das duas universidades, o PCT Guamá conta com mais de 30 empresas residentes (instaladas fisicamente no parque), mais de 60 associados (vinculadas ao parque, mas não fisicamente instaladas), 12 laboratórios de pesquisa e desenvolvimento de processos e produtos, com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará (Eetepa) Dr. Celso Malcher, além de atuar como referência para o Centro de Inovação Aces Tapajós (Ciat), em Santarém, oeste do Estado.
Membro da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), da Associação Internacional de Parques de Ciência e Áreas de Inovação (Iasp), o PCT Guamá faz parte do maior ecossistema de inovação do mundo.