Documentário sobre Barco Hacker de Belém será exibido neste domingo

 

 

Trocar informações com a comunidade ribeirinha para conhecer as suas necessidades e começar a elaborar propostas de alternativas ligadas à sustentabilidade e à geração de renda. Com esse objetivo, um grupo de profissionais e pesquisadores da Casa de Cultura Digital no Pará (CCD-PA) – organização independente que reúne empresas e uma incubadora nas áreas de tecnologia, educação e sustentabilidade – promoveu uma expedição à Ilha de Paquetá, a 40 minutos de barco de Icoaraci, distrito da capital paraense, no fim do mês de março. A expedição foi documentada pelas equipes da EBC e TV Brasil Internacional e será exibida neste domingo (27/4), às 22h30, pela TV Brasil Internacional, abrangendo, além do Brasil, várias cidades da Europa com grande concentração de brasileiros.

A expedição faz parte do projeto Barco Hacker, que pretende fazer o intercâmbio de informações entre profissionais de diversas áreas e comunidades ribeirinhas localizadas em regiões de difícil acesso. O projeto surgiu quando a Casa de Cultura Digital ganhou um barco há cerca de um ano. A divulgação da proposta de levar informação e tecnologia a locais distantes do Pará, pelas redes sociais, fez sucesso e chamou a atenção das comunidades ribeirinhas. “Transformamos o Barco Hacker em um conceito, até para reforçar as relações, já que, por costume, essas comunidades gostam de retribuir a visita oferecendo um barco para nos transportar. Resolvemos, então, valorizar esses hábitos culturais”, explica Kamila Brito, articuladora do projeto Barco Hacker e da Casa de Cultura Digital.

A expedição foi composta por profissionais e pesquisadores nas áreas de história, comunicação, tecnologia da informação, permacultura, logística, economia criativa e educação ambiental. Cerca de 600 pessoas vivem na comunidade visitada pelo Barco Hacker na Ilha de Paquetá, uma área alagada que não tem praia nem porto. O sustento vem especialmente da venda do açaí, entre julho e dezembro. Na entressafra, os moradores praticam a pesca artesanal de peixes e camarões.

No primeiro dia de atividades, profissionais e pesquisadores propuseram uma conversa com os moradores. No segundo dia, eles fizeram um passeio de barco contornando a ilha para verificar detalhes geográficos, fazer um mapeamento e divulgar as informações pelas redes sociais. Apesar da proximidade de Belém, a comunidade escolhida para a expedição não conta com serviços básicos como transporte, saneamento básico, energia elétrica, coleta de lixo nem água potável. “Apesar de a gente viver rodeado de água, para beber, temos que comprar água em outra ilha”, relata Francisco Campos, presidente da Associação de Moradores da Ilha.

Depois de ouvir os relatos da comunidade, os próximos passos do projeto incluem a aplicação de questionários com 80 das 127 famílias que moram na Ilha para traçar o perfil sociocultural dos moradores e conhecer as atividades econômicas praticadas, além de identificar os moradores que têm intenção de participar de oficinas de educação ambiental e economia solidária. As ações devem ocorrer até o mês de fevereiro de 2015.


Serviço

 

Registros da expedição estão na página do Barco Hacker (https://www.facebook.com/barcohacker ) e no           webdocumentário disponível no portal da EBC ( http://www.ebc.com.br/barcohacker ).


Texto: Agência Brasil e Casa de Cultura Digital.

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