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Empresa Karajaz aposta em tecnologias 3D e de fundição na produção de joias

A partir do uso de tecnologias como modelagem 3D, prototipagem em impressoras de alta resolução DLP (Digital Light Processing) e da tecnologia de fundição em cera perdida, a empresa se posiciona como pioneira no uso de inovação e tecnologias na produção de joias em larga escala na Amazônia.

Formada por quatro geólogos especialistas em pedras e metais preciosos e com perfis empreendedores, a Karajaz, empresa residente no Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, em Belém, tem como missão contribuir com a verticalização industrial do setor joalheiro na Amazônia e agregar maior valor aos metais e pedras preciosas da região.

O seu fundador, Maurício Favacho, conta que a paixão por inovações e tecnologias joalheiras, a oportunidade de investir na produção industrial de joias – um nicho ainda inexplorado na região – e a abundância de matérias-primas da Amazônia foram fatores determinantes para a criação da empresa.

O processo tecnológico produtivo utilizado pela Karajaz é dividido em três etapas principais: a criação do projeto virtual da peça (modelagem 3D); a produção do protótipo em resina na impressora 3D; e a transformação do protótipo de resina em metal pelo processo conhecido como fundição em cera perdida.

As vantagens do uso destas tecnologias no processo produtivo de joias são diversas: melhor acabamento das peças; precisão nos designs; pré-cravação da pedra; cravação de gemas na cera; melhor aproveitamento das matérias-primas como ouro e pedras preciosas da região; e repetitividade das peças, um fator de competitividade comercial que pode impactar positivamente o processo produtivo e de exportação de joias locais.

Da esquerda para a direita: modelagem 3D de um pendente canoa da Karajaz no autocad Rhinoceros 6.0, protótipo do pendente feito em impressora 3D e pendentes prontos para venda. Foto: divulgação

Aplicações das tecnologias 3D e o surgimento de novas profissões no setor joalheiro – A impressão tridimensional, apesar da grande exposição e maior popularização nos últimos anos, surgiu por volta de 1970 a partir da junção dos campos de estudo da topografia e da foto-escultura.

O processo da impressão 3D consiste basicamente na fabricação de uma peça a partir da deposição de um determinado material em camadas sobrepostas repetidas vezes até que se tenha a peça completa.

Sua aplicação já pode ser vista nos mais variados segmentos, incluindo a fabricação de mobiliário, iluminação, calçados, vestuário, alimentos, construção, na área médica com próteses, órteses, talas e bioimpressão, instrumentos musicais, aeronáutica, restauração, construção e reformas, entre outros produtos.

No entanto, foram nos últimos dez anos que os seguimentos da indústria joalheira (joias finas, semi-joias e bijuterias) passaram a aplicar com maior intensidade a impressão tridimensional regularmente como uma etapa do processo de fabricação da joia.

Em grandes centros urbanos como SP, MG, RJ, onde a indústria joalheira é de maior potencial mercadológico, é comum a busca por novos profissionais derivados do surgimento destas tecnologias, como os modelistas 3D de produtos de joalherias e os prototipadores de joias.

Protótipos, peças finalizadas e impressora 3D DLP – Anéis Waves e Prato Marajoara da Karajaz

Reconhecimento – Em 2018, enquanto participava do Programa de Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (PIEBT) da Agência de Inovação Tecnológica da Universidade Federal do Pará (Universitec/UFPA), a Karajaz foi inscrita nos prêmios “Professor Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente”, conquistando o 1º lugar na categoria Iniciativa de Desenvolvimento Local (IDL).

O prêmio foi uma grande validação de que estávamos no caminho certo. Deu mais força para o projeto, especialmente porque recebemos o aval de uma banca composta por acadêmicos e nomes referência na indústria”, conta o empreendedor.

Favacho destaca ainda que o uso destas tecnologias pode contribuir para a industrialização e crescimento do setor. “Temos matéria-prima como ouro e pedras preciosas em abundância, isto significa um grande potencial para a produção industrial de joias, porém neste momento a produção é apenas artesanal. Neste sentido as políticas públicas em gemas, joias e metais preciosos do Pará e dos demais estados amazônicos precisam ser revistas não no sentido de acabar com a produção artesanal, mas sim em fazer com que estes artesãos passem a ter uma visão mais empreendedora a fim de obter uma produção mais significativa e com repetitividade das peças, e que possam exportar tais produtos em maiores quantidades, é aí que entra a tecnologia”, argumenta.

Maurício Favacho e protótipos de diversas joias do portfólio da Karajaz

Transferência de tecnologia – Os sócios da Karajaz também integram o Instituto Gemológico da Amazônia (IGA), uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que tem o objetivo de contribuir para a formação da mão de obra local em diferentes áreas do conhecimento da indústria de joias e gemas por meio da promoção de cursos, desenvolvimento de pesquisa científica aplicada e desenvolvimento tecnológico em rochas, minerais, minérios, gemas e metais preciosos da Amazônia. A primeira atividade de formação do IGA será um workshop sobre tecnologias e inovações para a verticalização da cadeia produtiva de gemas, joias e metais preciosos dos estados amazônicos, que será realizado nos dias 29 e 30 de agosto, no PCT Guamá.

Referência

MONTEIRO, M.T.F. A Impressão 3D no Meio Produtivo e o Design: um estudo na fabricação de joias. 2015. Dissertação (Mestrado) – Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2014.

 

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