Entender como a tecnologia pode ser utilizada para melhorar produtos regionais e alavancar negócios. Este foi o principal objetivo da visita realizada na tarde desta quinta-feira, 27, por representantes de cooperativas do estado do Pará ao Parque de Ciência e Tecnologia Guamá, em Belém. A visita integrou a programação do Seminário do Cooperativismo Agropecuário do Pará, organizado pelo Sistema OCB-Sescoop/PA e teve a intermediação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet).
Cerca de 30 representantes de cooperativas dos municípios de Tomé Açú, Irituia, Benevides, Vigia, Santarém, Curralinho, dentre outros, conheceram as políticas públicas do Estado para o fortalecimento de diferentes cadeias produtivas, apresentadas por Maria Amélia Enriquez, secretária adjunta da Sectet; o modelo de governança do parque tecnológico, apresentado por Antônio Abelém, diretor presidente do PCT Guamá; e a estrutura do Centro de Valorização de Compostos Bioativos da Amazônia (Cvacba), do Laboratório de Óleos Vegetais e Derivados e do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações, Automação e Eletrônica (Lasse), laboratórios de P&D instalados no prédio Espaço Inovação.
Segundo a secretária adjunta da Sectet, Maria Amélia Enriquez, “as cooperativas têm potenciais enormes e desde o Estado consiga alinhar conteúdos de ciência e tecnologia, elas tudo para crescer e ser elemento fundamental, uma âncora para a alavancagem dessas cadeias produtivas. A secretária destaca ainda que “normalmente quando se fala em parque tecnológico, a sociedade em geral tem uma ideia equivocada, que é um espaço elitista, voltado só para alta tecnologia. Na verdade, quando o Estado está lançando um plano de desenvolvimento e que envolve cadeias produtivas que estão relacionadas à economia tradicional, a tecnologia tem que atender a essa base da economia tradicional – agricultura familiar, cadeia do cacau, do açaí, da piscicultura, da biodiversidade, da floresta”.
E é neste contexto que o PCT Guamá atua, na aproximação da academia com o mercado e na democratização do acesso à tecnologia, estimulando o empreendedorismo inovador local, conforme destaca o diretor presidente do PCT Guamá, Antônio Abelém. “O parque tecnológico consegue atender a uma gama variada de negócios, com análises físico-químicas de produtos, consultorias especializas e também oferecendo espaço físico de instalação e a oportunidade de associação e prestação de serviços de inteligência competitiva”, informa.
Para Michinori Konagano, diretor presidente da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (C.A.M.T.A.), a visita foi pertinente ao proposto pelo seminário. “Sempre tive muita vontade de visitar o parque – a empresa já fez algumas análises técnicas em laboratórios instalados – esta visita valeu muito a pena para nos aproximarmos da universidade. Queremos expandir cada vez mais a parceria”, avaliou.