Sistema FIEPA, UFPA e PCT Guamá fortalecem indústria com projetos inovadores
Fortalecer a interface entre a indústria e a universidade é o objetivo da iniciativa Plataformas de Tecnologia entre UFPA e o Sistema FIEPA, apresentada na manhã desta quarta-feira no prédio da Federação. O evento reuniu empresários, pesquisadores, parlamentares e representantes de setores industriais do estado.
Por meio de reuniões técnicas envolvendo pesquisadores e empreendedores que têm empresas nascentes presentes na Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio da Agência de Inovação da Universidade Federal do Pará (Universitec) e do Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá), a expectativa é tornar mais frequente a intermediação das demandas de inovação do setor produtivo com as propostas de soluções e serviços tecnológicos desenvolvidos nestes ambientes tecnológicos.
O presidente em exercício do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Gualter Leitão, que é diretor regional do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-Pará), destacou que a iniciativa Plataformas de Tecnologia entre UFPA e o Sistema FIEPA ratifica o consistente relacionamento entre o Sistema FIEPA e a UFPA, instituições parceiras de longa data e que, a cada ano, buscam fortalecer esse vínculo. “Esperamos que esta iniciativa viabilize com mais frequência a interface com projetos inovadores, contribuindo para o incremento do setor industrial paraense, que demanda processos, soluções e serviços diferenciados, que colaborem para maior agregação de valor no mercado brasileiro”, comentou Gualter Leitão.
O diretor-presidente do PCT Guamá, Antônio Abelém, avaliou positivamente a iniciativa, destacando seu papel para o fortalecimento do empreendedorismo inovador na região. “O projeto auxilia na criação de um ambiente favorável para transformar o conhecimento produzido na universidade em produtos ou serviços que são tangíveis e geram benefícios à sociedade, contribuindo para a consolidação de um modelo econômico mais sustentável e voltado para o conhecimento. ”, afirmou.
Diversidade – Durante o encontro, representantes de áreas tecnológicas como biotecnologia e engenharias civil, naval e de alimentos apresentaram pesquisas e produtos inovadores que foram criados no âmbito da universidade e podem contribuir para o desenvolvimento da indústria local. As apresentações mostraram projetos de portos, terminais hidroviários e ferrovias; pesquisas sobre o controle de qualidade de alimentos regionais; produção verticalizada de chocolate paraense; uso de painéis fotovoltaicos para reduzir o custo da energia em até 97% e desenvolvimento de cosméticos e medicamentos a partir de materiais amazônicos.
Para o reitor da UFPA, Carlos Maneschy, essa aproximação entre a academia e indústria é fundamental para o desenvolvimento de ambas as partes. “Não há como empreender e inovar se os interesses da universidade não estiverem imbricados com os interesses dos setores produtivos. A UFPA é um paneiro de ideias. Precisamos promover reuniões recorrentes e setorizadas para filtrar os projetos que efetivamente atenderão as demandas da indústria”, destaca.
O assessor econômico do Sistema FIEPA, José do Egypto, mencionou que a iniciativa amadurece o relacionamento com a universidade, que já resultou em outras parcerias como a da criação da primeira Escola Fluvial do SENAI, que irá levar capacitação profissional aos municípios do Marajó, formalizada em
convênio assinado, em fevereiro deste ano entre a UFPA, por meio da Faculdade de Engenharia Naval, e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), do Sistema FIEPA, que visa contribuir para o desenvolvimento do Arquipélago de Marajó. “Este evento formaliza a disponibilidade da universidade, com seus 449 laboratórios de pesquisa e desenvolvimento, em oferecer suas expertises para a indústria paraense, que também deve apresentar suas demandas”, reforça.
Novas reuniões técnicas envolvendo pesquisadores e empreendedores vinculados aos ambientes de inovação tecnológica presentes na UFPA e representantes das indústrias deverão ocorrer nos próximos meses com o objetivo de aproximar mais as demandas do setor produtivo e as potenciais soluções e serviços tecnológicos desenvolvidos na universidade. “A partir deste momento, o desafio maior será o de criar nas indústrias e nos sindicatos de indústrias o hábito de procurar a universidade para desenvolver tecnologias e novos produtos alinhados com as necessidades do setor”, conclui Gualter Leitão.
Texto e fotos: Solange Campos – Coordenadoria de Comunicação / Sistema Fiepa