Processos de cooperação, tecnologia, inovação e criatividade estão presentes nos doze laboratórios instalados no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá. Os ambientes ligados às universidades públicas do Pará, Uepa e Ufpa, atuam no desenvolvimento de pesquisas e na prestação de serviços. Só em 2022 foram mais de duzentos atendimentos para os setores público e privado, com suporte na criação de processos e produtos, controle de qualidade de materiais de origem vegetal, biotecnologia, análises de insumos amazônicos, da qualidade do leite, elaboração de projetos e estudos técnicos de água, esgoto e resíduos sólidos, entre outros.
Os espaços situados no PCT Guamá, aproximam pesquisa e mercado, oferecem assistência técnica e conhecimento científico para diversos setores de produção e inovação do estado. “Os laboratórios foram instalados a partir do potencial do estado, em áreas como, por exemplo, energia, o parque tem um laboratório de alta tensão e um centro de eficiência energética com soluções importantes para o setor. Ou ainda nos segmentos de alimentos e bebidas, a partir de produtos de origem amazônica, nossos laboratórios são frentes importantes de pesquisa para novos bioativos. Pensando na economia circular e na floresta em pé, temos o Núcleo de Controle Ambiental, o Laboratório de Qualidade da Água Amazônia, e o Centro de Valorização de Compostos Bioativos da Amazônia”, detalha Milkson Campelo, coordenador de prospecção, transferência de tecnologia e negócios, da Fundação Guamá, organização privada, responsável pela gestão do parque.
Controle de qualidade, colaboração, mercado consciente
Especializada na extração de óleos e manteigas vegetais, a empresa Paraoil, localizada no município de Acará, atua em parceria com comunidades locais. Para garantir a qualidade dos produtos, e visando um mercado mais consciente, Gilberto Nobumasa, CEO do empreendimento, esteve no Laboratório de Óleos da Amazônia, Loa, e no Laboratório de Tecnologia Supercrítica, Labtecs, ambos da Ufpa e instalados no PCT Guamá, para realizar análises em amostras de óleos. “No Loa a gente buscou fazer análises de acidez, e aqui no Labtecs a parte microbiológica e viscosidade dos nossos óleos, agregando assim valor e qualidade, sendo fundamental para o nosso propósito. As análises vão fazer parte do nosso processo de qualidade padrão. A partir dessa parceria vamos trazer mais amostras de lotes para manter esse controle”, enfatiza.
O Labtecs atende mais de trinta empresas, principalmente no segmento de farmácia e alimentos, com serviços de controle de qualidade dos produtos. “Nosso portfólio é mais amplo, a gente trabalha com consultorias para desenvolver e melhorar processos de produção, desenvolver e melhorar produtos, fazemos análises físico-químicas e microbiológicas. Temos a parte de consultoria para desenvolver novos processos, e também a tecnologia supercrítica, que é o carro chefe do laboratório”, detalha Ana Paula Silva, gerente administrativa do espaço. As análises e serviços atendem os setores público e privado, como universidades e empresas no Pará e outros estados.
O Loa tem duas linhas principais de trabalho, a pesquisa científica e a prestação de serviço, essa muito procurada por entidades privadas. “A gente tem demandas que vêm de grandes empresas, mas também de cooperativas de agricultores, de comunidades e até mesmo de pessoas físicas que têm interesses em análises específicas de uma determinada planta no seu terreno. Para as cooperativas a gente tem um trabalho de forma colaborativa para melhorar o produto delas no mercado”, explica Luiz Adriano Nascimento, pesquisador do laboratório.
O Pará possui muitas oleaginosas exploradas por cooperativas, comunidades e grandes empresas, e que são aplicadas em áreas como combustíveis, alimentos, cosméticos e fármacos. O Loa colabora com a exploração desse tesouro de forma sustentável, alcançando toda cadeia de produção. As análises físicas e químicas feitas no local atendem às normas técnicas atuais, garantindo resultados confiáveis. “A gente une a prestação de serviço com a pesquisa, e consegue desenvolver novos produtos em parceria com as empresas. Ajudamos a encontrar a melhor formulação e qualidade para o óleo, a partir desse setor de inovação. Fazemos o controle de qualidade, identificando índices de acidez, de peróxido, o perfil de ácidos graxos, análise de estabilidade oxidativa, que permite estabelecer o prazo de validade de um óleo. Isso tudo é muito importante quando falamos de indústria”, enfatiza Luiz Adriano.
Serviço
Agendamentos para conhecer as atividades dos laboratórios podem ser feitos pelo telefone: 33218900, ou e-mail: cace@fundacaoguama.org.br . Outras informações e portfólios dos espaços podem ser consultados no site do PCT Guamá: pctguama.org.br
