“Até 2021, 75% das organizações vão estar na nuvem”, afirmou Rodrigo Vale, Cloud Customer Engineer do Google, durante palestra realizada na manhã desta segunda, 23, no auditório do Espaço Inovação do Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, em Belém.
Na era da transformação digital, a computação em nuvem (cloud computing) está sendo adotada por várias empresas como uma forma de tornar serviços de TI mais eficientes e dinâmicos. Neste cenário, as gigantes Amazon, Microsoft e Google disputam o acirrado mercado, avaliado em US$ 162 bilhões em 2020, segundo estudo da Forbes.
A computação em nuvem é um conjunto de tecnologias que faz uso de servidores remotos hospedados na internet para armazenar, gerenciar e processar dados ao invés de delegar tais atividades a um servidor ou computador local. Desta forma, as empresas não precisam investir em aquisição de hardware, manutenção e principalmente atualização de equipamentos e programas.
“Algumas grandes empresas possuíam máquinas que eram utilizadas apenas em períodos de grande pico de consumo, como a Black Friday, por exemplo. Com a computação em nuvem, elas podem alugar as máquinas apenas no período necessário, diminuindo custos e se tornando mais eficientes”, afirmou Rodrigo durante a palestra.
As soluções do Google para o setor consistem em um conjunto de ativos físicos, como computadores e unidades de disco rígido e recursos virtuais, como máquinas virtuais (VMs), localizados nos centros de dados da empresa. Cada data center está em uma região geográfica diferente. Durante a palestra, o Rodrigo apresentou um gráfico com a distribuição e a interação entre os centros de dados, falou sobre os esforços contínuos de diminuir a latência entre o consumidor e as plataformas das empresas e alguns exemplos de migração para a computação em nuvem. “Segurança de dados, agilidade no acesso da informação e o empoderamento de desenvolvedores são algumas das questões que conseguimos solucionar com os produtos do Google de computação em nuvem”, ressaltou Rodrigo.
Segundo informações contidas na Google Cloud Platform, é possível resolver questões por necessidades comerciais como: modernização de infraestrutura; gerenciamento de dados; desenvolvimento de aplicativos; análise inteligente de negócios e Inteligência Artificial (IA); e produtividade e transformação no trabalho. Os setores beneficiados podem ser diversos como agências governamentais, ciências biológicas, saúde, jogos, varejo, serviços financeiros, educação, telecomunicações, mídia e entretenimento, dentre outros.
Após a palestra, o engenheiro do Google visitou a Inteceleri e a startup Navtech, iniciativas instaladas no PCT Guamá. “Estou feliz de estar no Espaço Inovação, fiquei impressionado com a qualidade dos projetos que foram apresentados aqui. Eu acho que existe um potencial enorme das empresas resolverem problemas locais, da própria Amazônia. Percebo que isso está pouco a pouco acontecendo, conversei com o pessoal do Ubá e fiquei encantado com o projeto deles de gerenciamento de vendas de tickets para embarcações”, afirmou Rodrigo Vale.
Formado na UFPA em Ciência da Computação, com mestrado pela UFMG, Rodrigo Vale vendeu sua empresa para o Google em 2005. Desde então lidera diversos projetos pelo Google, como por exemplo o desenvolvimento do mercado de Web Analytics no Brasil, interagindo com as maiores empresas de e-Commerce, e projetos de educação com as maiores Universidades do Brasil. Nos Estados Unidos, faz parte do time principal de engenheiro de vendas do Google Cloud responsável por gerenciar clientes listados na Fortune 500.