Belém, 20 de dezembro de 2019 – Essa foi uma semana de discussão sobre o futuro próximo do Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá. Na manhã da última quinta, 19, o nosso Conselho Curador se reuniu para avaliar, entre outras pautas, o plano de gestão da Fundação Guamá, organização gestora do parque, para o ano de 2020.
Antes disso, na segunda, 26, o Conselho Fiscal se reuniu para debater o orçamento dessas atividades, que incluem as atividades já implementadas e outras iniciativas, como a ampliação de parcerias, o aumento da competividade dos negócios e a realização de eventos de interesse das comunidades interna e externa ao parque.
A presidente do Conselho Curador, Iracilda Sampaio, que também é pró-reitora de pesquisa e pós-graduação da Universidade Federal do Pará, fez um balanço do ano, ressaltando a importância do parque para estimular a inovação e abrigar negócios de pessoas formadas ou em formação pela universidade.
“Eu assumi a presidência do conselho neste ano, 2019, então para mim foi um ano de conhecimento sobre o parque, o seu funcionamento, a Fundação Guamá, sobre tudo isso. Foi uma agradável surpresa porque é um desafio ser trazida para esse mundo da pesquisa aplicada, da interface com a indústria. Foi um ano muito rico em termos de experiência para mim”, contou Iracilda.
Como o parque é uma iniciativa do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), ela também destacou a importância do apoio governamental para a ampliação das atividades, na medida em que novas agendas de desenvolvimento de bases tecnológica e inovadora avançadas podem surgir com os empreendimentos aqui instalados.
“Existe a reflexão de que o parque é muito novo e nós precisamos do fortalecimento da parceria com o governo do estado. É fundamental que o governo continue nos apoiando em todas as esferas, para que o parque possa se consolidar. A Fundação Guamá está muito afinada com os princípios do parque de ciência e tecnologia, então as coisas estão fluindo numa direção só, que é a do crescimento. Isso você vê pelos resultados: a quantidade de novas empresas que vieram e tornaram-se residentes”, avaliou.
Por último, a presidente do conselho reforçou o papel do parque em estimular boas ideias e transformar o conhecimento científico e tecnológico, produzido na universidade e nas instituições de pesquisa, em novos modelos de negócios e benefícios para a sociedade.
“A afinidade e a possibilidade de juntar pessoas que são representantes das instituições de pesquisa e ensino do estado inteiro [nos conselhos do parque] nos dá a possibilidade de discutir novas ideias, novas oportunidades e novos rumos para o parque de ciência e tecnologia. Então eu estou como presidente do Conselho da Fundação Guamá muito confortável nessa posição e muito otimista, mesmo sabendo que nós temos desafios muito grandes”, completou.
Também participaram da reunião os conselheiros: Gonzalo Enriquez, atual presidente da Agência de Inovação Tecnológica (Universitec) e vice-presidente do Conselho Curador; Julio Cesar Pieczarka, pesquisador na área de Genética Animal e Biologia Celular, que coordena o Centro de Estudos Avançados da Biodiversidade; Antônio Carlos Vallinoto, chefe do Laboratório de Virologia da UFPA; o reitor da Universidade do Estado do Pará (Uepa), Rubens Cardoso da Silva; Eliane de Castro Coutinho, diretora do Centro de Ciências Naturais e Tecnologia da Uepa; o pesquisador Bruno Junqueira Victorasso, do Instituto Vale; Reginaldo Buselli, professor do Instituto de Ciências Ambientais e Recursos Hídricos da Universidade Federal Rural do Pará (Ufra); e o presidente do Conselho Fiscal, Douglas Alencar, que também é professor da Faculdade de Ciências Econômicas da UFPA.
Empreendimentos inovadores – Entre outros dados, a diretoria do PCT Guamá, formada por Rodrigo Quites e Arnaldo Miranda, apresentaram aos conselheiros o aumento do número de empresas e startups que, de janeiro pra cá, passou de 18 para 64. A ocupação dos Espaços Empreendedor e Inovação, prédios construídos para abrigar empreendimentos de perfil inovador, já é quase de 90% em cada.
Laboratórios tecnológicos – Além das empresas, o PCT Guamá reúne laboratórios tecnológicos ligados à UFPA e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Entre outras atribuições, o parque pode comercializar os serviços, produtos e projetos inovadores, análises qualificadas e consultorias de especialistas em diversos assuntos e áreas, como a da tecnologia informação e comunicação, de óleos vegetais e derivados, as cadeias do açaí, do cacau e do leite, entre outras.
A vantagem é que grandes, médias e pequenas empresas podem contratar esses serviços, essenciais para indústrias e empresas que exportam produtos regionais.