Instituições da indústria, negócios e tecnologia discutem modelo regional para projeto de aceleração de empresas de base tecnológica

 

A proposta de um modelo regional de projeto de aceleração de empresas de base tecnológica que atenda startups (empresas nascentes) e pequenos e médios negócios do setor foi tratada em nova reunião técnica, na última quarta-feira (8/4), que envolveu gestores e técnicos do Centro Internacional de Negócios do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Pará (CIN-FIEPA), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Pará (Sebrae-PA), do Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá), do Conselho de Jovens Empresários de Belém (Conjove-Belém), da Comunidade de Startups Açaí Valley e empreendedores do setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) de Belém (PA).

 

O encontro dá continuidade ao processo de construção do projeto Pará – Construindo um Futuro em TIC, iniciado em dezembro de 2014 e que também tem a parceria da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), por meio do Instituto SENAI de Inovação em Tecnologias Minerais, da iniciativa Redes – Inovação e Sustentabilidade Econômica e da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec). Entre as questões levantadas como necessárias para dar aplicabilidade de mercado ao projeto está a necessidade de maior interface entre potenciais prestadores de serviços de TIC, a indústria e o comércio. “Além de contribuir com o aprimoramento de startups e a certificação de empresas de pequeno e médio porte, precisamos desenvolver no projeto uma dinâmica de interface constante entre estes dois setores para atender as demandas da indústria, gerando resultados que contribuam para a competitividade destes negócios e para o desenvolvimento econômico local”, pontuou Raul Tavares, gerente do CIN-FIEPA.  

 

O Sebrae-PA, segundo Maria Macário, gerente da Unidade de Acesso à Inovação Tecnológica, também compartilha a necessidade de maior inserção das empresas de TIC locais no atendimento das demandas dos negócios que estão na rede do Sebrae local. “Estamos trabalhando para reformular e lançar, em breve, novo edital do Sebraetec local, destinado a cadastrar prestadores de serviços para atender a grande demanda em TIC deste programa em nosso estado”, adiantou.

 

Para o diretor-presidente do Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá), Antônio Abelém, a operacionalização do projeto de aceleração de empresas de base tecnológica deve ocorrer por etapas, envolvendo startups e as empresas de pequeno e médio porte do setor, que poderão atender as demandas da indústria, comércio e serviços. “Precisamos ter um levantamento prévio das demandas destes setores para trabalharmos com as empresas, cujos produtos e serviços poderão estar alinhadas e atender estas demandas”, comentou.

 

Entre as necessidades de qualificação levantadas pelos empreendedores presentes no encontro estão o suporte para o desenvolvimento de um programa contínuo de certificação em qualidade de software como o MPS.BR, destinado inicialmente aos negócios com período mais maduro de mercado, e um programa de incentivo para startups, que envolveria fomento à criação e validação de ideias inovadoras, mentorias na gestão e aceleração destes negócios bem como estímulo à formação de grupo de investidores locais, que poderiam associar-se a estes empreendimentos. “Ao estruturar este ecossistema de inovação, poderemos disponibilizar fornecedores com potencial para atender demandas de vários portes para a indústria e os setores de comércio e serviço”, declarou Adailton Lima, da comunidade de startups Açaí Valley.    

 

Um diagnóstico com as demandas em TIC para a indústria e a consolidação de uma proposta com base no projeto apresentado pela Softex e adaptada às necessidades prioritárias locais das startups e pequenas e médias empresas de tecnologia, serão debatidos ainda este mês no próximo encontro do grupo que trabalha na construção do projeto Pará – Construindo um Futuro em TIC.

 

Texto: Sistema FIEPA – Solange Campos 

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