Diretor do PCT Guamá fala sobre as novidades do XXIV Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas



Antônio Abelém é diretor-presidente do Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá), organizador local do XXIV Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas. O evento, que tem como tema “Fronteiras do empreendedorismo inovador: novas conexões para resultado”, ocorrerá entre os dias 22 e 26 de setembro deste ano em Belém (PA) com a realização da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) com a organização local do Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá), Universidade Federal do Pará (UFPA), Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a parceria de núcleos de inovação tecnológica locais e do setor industrial. Nesta entrevista, o diretor fala sobre as potencialidades de desenvolvimento de novas tecnologias na região Norte, as expectativas em relação ao Seminário Nacional e as singularidades da capital paraense.

 

1- O que motivou o Parque de Ciência e Tecnologia Guamá a sediar o Seminário?

No movimento do empreendedorismo inovador, o Pará é reconhecido como o estado de referência na região amazônica por sediar o primeiro parque tecnológico nesta área: o PCT Guamá, que em apenas três anos de operação já reúne 18 empreendimentos em diferentes ciclos de implantação. Ao sediar o XXIV Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas e o XXII Workshop Anprotec em Belém (PA), esperamos ampliar a visibilidade em contexto nacional e internacional às crescentes iniciativas de empreendedorismo inovador em desenvolvimento no estado.

2 – O tema desta edição do Seminário é “Fronteiras do empreendedorismo inovador: novas conexões para resultados”. Por que esse tema se relaciona com a região Norte?

Em primeiro lugar, porque o tema foi definido com base também na leitura do Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação da Amazônia (PCTI-Amazônia), que vai permear parte da programação do evento.   A temática também é oportuna por conta da necessidade do movimento de empreendedorismo da região ampliar e estabelecer novas conexões com a indústria, agentes públicos e privados e investidores com o objetivo de consolidar um ambiente de inovação tecnológico efetivo e sinérgico. Neste caminho é importante sediar eventos do porte do Seminário, onde são compartilhadas iniciativas que promovem maior competitividade para as micro, pequenas e médias empresas do setor, gerando novos negócios e renda.

 3 – Este é o XXIV Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas. Quais são as principais diferenças entre esta edição e as edições anteriores do Seminário da Anprotec?

Nesta 24ª edição, o evento traz inscrições por “trilhas”, pacotes com programação pré-definida e preços promocionais, voltados para os diferentes públicos (empreendedores, gestores de parques e incubadoras). A Chamada de Trabalhos também traz algumas alterações. As categorias para envio de trabalho mudaram para Artigo Completo, Artigo Curto, Artigo Convidado e Boas Práticas de Empresas. O Artigo Curto terá apresentação oral, de acordo com o formato Pitch Session. Já para o Artigo Convidado, os autores receberão convite da organização do Seminário Nacional e farão a apresentação de seus trabalhos em sessões plenárias especiais.

Pela primeira vez, o evento também realizará o Fórum B.Bice +: Transferência Tecnológica e Propriedade Intelectual, quando será apresentado o Bureau Brasileiro para Ampliação da Cooperação Internacional com a União Européia (B.Bice+), projeto financiado pela Comissão Européia para apoiar a cooperação bilateral no campo da ciência, tecnologia e inovação (CT&I) entre a União Europeia (UE), os Estados Membros da UE e o Brasil. Os principais objetivos do B.BICE+ são subsidiar o diálogo político no campo da CT&I entre a UE e o Brasil; promover a cooperação UE-Brasil em CT&I implicando os atores da cadeia da inovação; incentivar a coordenação das ações de cooperação em CT&I, financiadas pelos Estados Membros da UE, divulgar informações sobre os programas europeus e brasileiros que apoiam a cooperação científica entre a UE e o Brasil.

4 – Qual a expectativa do Parque em relação ao evento?

Esperamos colaborar, a partir das experiências de empreendedorismo inovador em nossa região, com o desafio proposto pelo Seminário, que é buscar caminhos para que os ambientes de inovação ampliem suas conexões com os setores público e privado, a fim de se tornarem mais autônomos e, assim, contribuírem ainda mais para o desenvolvimento sustentável das regiões em que atuam. Também esperamos que o evento gere resultados positivos, viabilizando maior aproximação com o setor privado, envolvendo grandes empresas e investidores; fortalecendo o network com representantes do empreendedorismo inovador em escala nacional e captando parceiros empreendedores e investidores.

5 – Qual o cenário do empreendedorismo inovador na região Norte? E o que faz do Parque de Ciência e Tecnologia Guamá ser referência na região Amazônica?

Temos boas perspectivas de investimentos nestas áreas na Amazônia para este ano de 2014.  Por meio do Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação da Amazônia (PCTI-Amazônia), coordenado e elaborado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (DF) a serviço do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e que teve contribuições das Instituições de Ensino, Ciência, Tecnologia, Empreendedorismo e Inovação (IES) da região, o governo federal deve destinar R$ 11 bilhões para a implementação do plano. Entre as ações propostas estão a consolidação de um ambiente de inovação de padrão mundial na Amazônia; a duplicação do número de programas de pós-graduação strictu sensu das IES da região com ao menos o nível 5; o aumento em, no mínimo, 50% da participação da Amazônia no total dos dispêndios do governo federal em ciência, tecnologia e inovação.

A Amazônia, assim como as demais regiões do Brasil, está incluída no Plano Inova Empresa, que prevê o investimento de R$ 32,9 bilhões em empresas que tenham projetos inovadores, até o fim deste ano. Dentro deste pacote, o Pará já foi contemplado com o edital Tecnova Pará, por meio do qual serão investidos R$ 12 milhões em propostas inovadoras de empresas de base tecnológica.

Outros aspectos positivos são o crescente amadurecimento dos empreendedores paraenses, que estão se capacitando com mais frequência, e a qualidade de produtos e soluções, que vêm garantindo reconhecimento por meio de premiações nacionais e internacionais na área de inovação, especialmente nos setores de biotecnologia, energia, tecnologia da informação e comunicação, tecnologia ambiental e tecnologia mineral.

 Entre as boas perspectivas para este ano também está a participação do PCT Guamá na Rede Nacional do Fundo PRIMATEC. A proposta é que o PRIMATEC seja um fundo de R$ 100 milhões, sendo R$ 50 milhões oriundos da FINEP, para serem aplicados em empresas indicadas pelos participantes da rede. Elas serão selecionadas pela Gestora Operacional do Fundo Brain e aprovadas pelo comitê de investimentos do fundo.

O pioneirismo como parque tecnológico e a presença proativa do PCT Guamá em frentes de apoio à efetivação de um ambiente de inovação sinérgico na região o torna referência na Amazônia. Ao longo deste ano, duas grandes ações do parque paraense estão engajando empreendedores, agentes financeiros e o setor industrial: a unidade Guamá Business, associação que começa a envolver empresas do setor que buscam acelerar o desenvolvimento de seus negócios; e a rede social I Conect, que está viabilizando a interface entre dezenas de gestores do setor industrial, que demandam soluções de inovação tecnológica de empresas e centros de pesquisa e desenvolvimento locais, conectados na plataforma desenvolvida pelo PCT Guamá.

6 – De que forma a realização do evento pode contribuir para consolidar o movimento na região Norte e no estado do Pará?

Acreditamos que, ao ampliar a visibilidade às iniciativas de empreendedorismo inovador na região e viabilizar o networking com experiências distintas do Brasil e de outros países, o evento vai fortalecer o movimento local e ampliar as conexões nacionais e internacionais entre os grupos presentes em parques tecnológicos e incubadoras de empresas, investidores, representantes do setor público e da indústria que estão engajados em iniciativas do setor.

  7 – O que a capital Belém tem a oferecer aos participantes do Seminário?

Experiências positivas de empreendedorismo inovador principalmente nas áreas de biotecnologia, energia, tecnologia da informação e comunicação, tecnologia ambiental e tecnologia mineral, que serão compartilhadas durante os cinco dias de evento. Paralelamente, o público também poderá conhecer as crescentes iniciativas de economia criativa em desenvolvimento na capital paraense, a diversidade da cena musical e das danças, além da culinária – que têm forte vínculo com a identidade cultural da região amazônica.


Serviço

Mais informações e inscrições para o XXIV Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas e XXII Workshop Anprotec em: http://seminarionacional.com.br/seminario2014/pt/


Texto: ASCOM-Anprotec/ASCOM-PCT Guamá


Foto: Roberto Ribeiro

 


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