Empresários conhecem resultados positivos do MPS.BR e o edital de apoio à certificação deste modelo
Os resultados positivos da implementação do modelo do Programa MPS.BR nas empresas brasileiras que trabalham na área de software foram apresentados aos empreendedores paraenses do setor no Seminário Melhoria do Processo de Empresas Paraenses de Software, ocorrido na sexta-feira (01/06), no auditório do Centro de Excelência e Eficiência Energética da Amazônia (Ceamazon), no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá). Na ocasião, também foram apresentadas as informações gerais sobre o Edital 02/2012 – Melhoria do Processo de Empresas Paraenses de Software, iniciativa da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) em parceria com a Fundação de Ciência e Tecnologia Guamá (Fundação Guamá), que visa contribuir para a certificação de empresas locais dentro do modelo MPS.BR.
O Melhoria de Processos do Software Brasileiro (MPS.BR) é um programa mobilizador, coordenado pela Associação para a Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), que visa aumentar a competitividade de pequenas e médias empresas brasileiras através da melhoria de seus processos de desenvolvimento de software. O projeto envolve universidades, centros de pesquisa e um grande número de instituições e profissionais da área de qualidade de software e tem apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE).
Kival Chaves Weber, coordenador do Programa MPS.BR e do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade de Software (PBQP-Software), relatou que, desde 2008, a Softex realiza pesquisas junto a empresas brasileiras do setor, divididas entre já avaliadas pelaMPS.BR, recém-avaliadas e as em fase de implementação do programa. Os índices médios de satisfação daquele período até 2011 giram entre 80 a 97%. “Entre os benefícios mencionados pelos entrevistados na pesquisa estão redução de custos em processos, melhorias na produtividade e qualidade das soluções e maior satisfação dos clientes”, comentou Weber.
Sinergia – O coordenador do Programa MPS.BR e do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade de Software (PBQP-Software) também mencionou a importância das empresas do setor buscarem modelos de negócios baseados na tripla hélice, que envolve o relacionamento entre governo, indústria e academia. “Os empreendimentos que conseguem a sinergia entre estes parceiros tendem a ser mais bem sucedidos do que os que se desenvolvem de forma isolada. O segredo é estabelecer esta sinergia”, argumentou.
Baseado neste tripé, a Secti, em parceria com a Fundação Guamá, divulgaram no evento o Edital 02/2012 – Melhoria do Processo de Empresas Paraenses de Software, que convida microempresas e empresas de pequeno porte estabelecidas no Pará a participar da seleção pública que, por meio do apoio à certificação de empresas paraenses ligadas ao desenvolvimento de sistemas dentro dos parâmetros estabelecidos pelo MPS.BR, busca contribuir para a melhoria do processo de empresas paraenses de software.
Rodrigo Quites, coordenador do Programa de Qualificação de Empresas Paraenses de Software, explicou as linhas gerais do edital, mencionando que esta ação faz parte de um projeto maior, que visa a implantação de um Polo de Software no Pará, cujo objetivo é fortalecer grupos de pesquisa, aumentar a qualidade dos produtos de software e fomentar o desenvolvimento de soluções paraenses para atender necessidades da região, visando o crescimento da qualidade e competitividade das empresas.
Quites comentou os critérios de elegibilidade, e a modalidade de apoio do edital, que destinará financeiramente o custeio da certificação para um grupo de até cinco empresas de desenvolvimento de software no valor total de até R$ 241.455,00. Cada empresa selecionada deverá disponibilizar uma contrapartida de R$5.000,00. Quites mencionou que, entre os critérios de avaliação, serão consideradas as dimensões técnica e financeira da empresa. “O edital é voltado para a certificação em nível G do MPS.BR, que atende a gestão de projetos, busca viabilizar o acesso a este programa nacional e reduzir o custo das empresas num processo de implementação e avaliação deste modelo, que gira em torno de R$ 45 mil”, explicou.
O PCT Guamá será responsável por sediar os treinamentos e reuniões de acompanhamento e, por meio do Laboratório de Tecnologia de Software, realizar as atividades de treinamento e consultoria necessárias à implantação de melhoria de processo de software. “A certificação nacional é uma oportunidade para as empresas paraenses garantirem visibilidade maior e mais competitividade no mercado local, nacional e internacional”, comenta Antônio Abelém, diretor-presidente do PCT Guamá.
Rede – O PCT Guamá tem gestão da Fundação Guamá por meio de um convênio entre a Universidade Federal do Pará (UFPA), a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e com aporte financeiro da Secti, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Também tem o apoio da Embrapa Amazônia Oriental, a Eletrobras/Eletronorte, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Pará (Sebrae-PA), do Museu Paraense Emílio Goeldi, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e da Universidade do Estado do Pará (Uepa).
Serviço
A data limite para o envio das propostas ao Edital 02/2012 – Melhoria do Processo de Empresas Paraenses de Software é 29 de junho. Acesse o edital e participe: Clique aqui.