Jornadas empreendedoras inspiram mulheres que buscam negócios inovadores

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Jornadas empreendedoras inspiram mulheres que buscam negócios inovadores

Os relatos de empreendedoras em ciclos distintos de negócios inovadores e de profissionais que trabalham nas áreas de consultoria empresarial e de comunicação voltada para a rede de fornecedores do Pará envolveram o público que participou da Arena Feminina de Inovação no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá), na manhã desta sexta-feira (8/3), em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.

O diretor-presidente do PCT Guamá, Antônio Abelém, saudou as participantes da Arena de Inovação, apresentando o parque tecnológico paraense: “Sejam bem-vindas à Arena Feminina do PCT Guamá, um espaço aberto para vocês compartilharem experiências, ideias, dúvidas e desafios para empreender com inovação. O PCT Guamá é o primeiro ambiente tecnológico de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Amazônia e está em operação desde 2010, promovendo a interface entre centros de pesquisa e desenvolvimento e a indústria. Agradeço a presença de vocês e deixo o PCT Guamá disponível para recebê-las em novas oportunidades”, declarou.

As participantes tiveram a oportunidade de interagir com as palestrantes e com representantes das incubadoras de empresas da UFPA e do Cesupa, compartilhando suas experiências em áreas como biotecnologia, meio ambiente e gastronomia. A Arena foi aberta pela empresária Sonia Busman que, acompanhada pela filha Dâmaris, relatou a trajetória de 40 anos de conquistas da empresa Juruá Natural da Amazônia, que trabalha com uma linha de produtos cosméticos, perfumaria, gastronomia e biojóias que tem como base matéria-prima da região. “A história pioneira da Juruá, que começou no rio Juruá, em Óbidos (PA), com o meu avó, o farmacêutico italiano Francisco Filizzola, e, posteriormente, com a minha mãe, a empreendedora Izabel Filizzola, já está na quarta geração. O que é bom resiste ao tempo. Hoje, estamos com quatro lojas: três em Belém, nos bairros de São Brás, no Aeroporto e na Estação das Docas, e uma em Fortaleza (CE)”, relatou Sonia, que compartilha a direção da empresa com as irmãs Socorro e Gina.

A microempresária Águeda Pereira, que produz licores à base de frutas regionais como jambu, açaí, bacuri, castanha do Pará e cupuaçu, relatou suas experiências iniciais no mercado gastronômico local, mencionando que precisa patentear as fórmulas de seus licores, fortalecer as vendas locais e expandir para outros estados. “Os licores são uma tradição do meu avó. Trabalho com álcool e cereal. Ainda estou iniciando, mas quero levar o negócio adiante para voltar aqui na Arena e contar uma história de sucesso como a da Juruá”, declarou.

 

Fornecedores – A coordenadora de comunicação do Redes, programa de fornecedores do estado do Pará, Nathália Petta, relatou os avanços da posição de liderança da mulher no mercado mundial e falou das oportunidades do Redes para as empreendedoras que buscam nichos de mercado nos municípios paraenses. “Os negócios que estão sendo relatados aqui têm potencial para atender grandes empresas. Basta se cadastrar gratuitamente ao programa, pesquisar as oportunidades e se preparar para atender as necessidades dos empreendimentos que demandam fornecedores no estado. O Redes trabalha com capacitações, incentiva a formalização dos empreendedores e promove rodadas de negócios”, afirmou Nathália.       

Criado em 2000, o Redes tem um cadastro de 1.900 fornecedores. Em 2011, o programa registrou valor histórico. Dos R$ 13.447 bilhões de compras locais realizados por grandes indústrias no Pará, a Redes levantou que 51%, ou seja, R$ 6.8 bilhões, foram consumidos no próprio estado. “O objetivo do programa é ser uma rede estratégica integradora de agentes para promover a sustentabilidade econômica no ambiente de negócios”, mencionou a coordenadora de comunicação.    

A microempresária Carmen Américo, doutoranda em Planejamento e Desenvolvimento pelo Núcleo de Altos Estudos da Universidade Federal do Pará (UFPA), relatou sua experiência inovadora na produção de biojóias a partir de materiais orgânicos, como sementes oleaginosas, escamas de peixe e de mucajá, coletados com as comunidades tradicionais no município paraense de Mocajuba, sua terra de origem. “São peças que eu trabalho com visual urbano e colorido com uma equipe de artesãs que eu capacitei tecnicamente. O maior desafio é qualificar mais artesãs, para eu puder ficar mais à frente das vendas em Belém e em outras cidades brasileiras”, relatou Carmen.

As consultoras Márcia Campelo Noguchi, Izabel Vieira Balieiro e Fátima Gonçalves participaram do evento com orientações fundamentais para garantir mais competitividade aos negócios relatados. Márcia destacou a importância do planejamento para todos os ciclos do empreendimento, desde a criação, expansão e consolidação; Izabel ressaltou a necessidade de inovar no processo organizacional e de firmar parcerias para potencializar as vendas; Fátima falou da importância em também se capacitar para o comércio exterior e concluiu ressaltando que as bem-sucedidas líderes femininas nunca perdem o espírito empreendedor ao longo de suas jornadas.

ParceirosO PCT Guamá tem gestão da Fundação Guamá, por meio de um convênio entre Secretaria de Estado, Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), a UFPA e a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e conta com aporte financeiro da Secti, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). Também tem o apoio da Embrapa Amazônia Oriental, da Eletrobras/Eletronorte, do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Pará (SEBRAE-PA), da Universidade do Estado do Pará (UEPA) e do Museu Paraense Emilio Goeldi.

 

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