O Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá participa do Web Summit Lisboa 2024, maior conferência de tecnologia e empreendedorismo do mundo. O convite para o evento surgiu durante uma missão realizada pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), em Singapura, e reuniu outros parques tecnológicos do Brasil. “A partir deste diálogo, o MCTI identificou a maturidade do PCT como representativa no Brasil para ser apresentada em uma das principais conferências de tecnologia da Europa, o Web Summit de Lisboa”, explica Rodrigo Quites, diretor presidente da Fundação Guamá, instituição que administra o complexo do Governo.
A programação reúne empresas, startups e investidores para discutir os desafios tecnológicos na indústria e também desenvolver redes de conexões entre negócios. Mais de 70 mil pessoas participam do evento na capital portuguesa até a próxima quinta-feira, 14. “Fomos convocados para apresentar alguns cases de sucesso que estamos construindo no Pará e na região Amazônia, sobretudo em questões ambientais que cada vez mais estão no centro das principais discussões internacionais. Hoje falar da Amazônia é pensar no futuro e não só na preservação, mas na valorização das pessoas e dos ativos que ela possui”, detalha Bonifácio Sena, supervisor de projetos e internacionalização, que representa o parque no evento.
Inovação na região Amazônica
O parque tecnológico do Pará participa das atividades, nesta quarta-feira (13), no Pavilhão Brasil, organizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), dentro do painel que vai discutir sobre o papel dos parques tecnológicos no desenvolvimento dos ecossistemas de inovação e apoio às empresas inovadoras.
“A presença do PCT Guamá, o único parque tecnológico da Amazônia, no Web Summit Lisboa 2024 representa um marco significativo não só para o ecossistema de inovação brasileiro, mas também para o desenvolvimento da Região Norte do Brasil. Este convite reconhece a importância estratégica do PCT Guamá como um elo essencial entre a inovação tecnológica e as necessidades socioambientais da Amazônia. Participar de dois momentos relevantes no evento, um sobre inovação e sustentabilidade e outro sobre a experiência dos parques tecnológicos brasileiros, é uma oportunidade única para mostrar ao mundo o potencial de inovação que está sendo desenvolvido na região Amazônica”, enfatiza Sheila Pires, diretora na Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI.
Pavilhão Brasil no Web Summit Lisboa
O Pavilhão Brasil é uma iniciativa do MCTI, Ministério das Relações Exteriores (MRE), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e Sebrae. Fazem parte da programação do pavilhão um seminário de internacionalização, com foco no apoio às empresas brasileiras que desejam exportar, intercâmbio e cooperação entre as entidades brasileiras e europeias, e ainda visitas técnicas a centros de inovação e instituições fazem parte da programação do Pavilhão Brasil.
A participação do Brasil e do PCT Guamá nesta e em outras edições do Web Summit são oportunidades para parcerias e visibilidade internacional para as iniciativas brasileiras.
“Acreditamos que o PCT Guamá, com outros parques tecnológicos brasileiros, pode contribuir de forma decisiva para fortalecer o ecossistema de inovação, não só em termos de geração de novos negócios, mas também na criação de soluções que tragam benefícios concretos para a sociedade e para o meio ambiente. O convite para o PCT Guamá é um reconhecimento do trabalho árduo e da dedicação de todos os envolvidos no parque, que têm se empenhado para transformar a região em um polo de inovação e desenvolvimento. A participação do parque no Web Summit será uma excelente oportunidade para trocar experiências, aprender com outras iniciativas globais e, acima de tudo, mostrar ao mundo que a Amazônia, com toda a sua riqueza natural e cultural, também é um terreno fértil para a inovação, a sustentabilidade e o empreendedorismo de base tecnológica”, reforça Sheila.
Referência em inovação na Amazônia
O PCT Guamá é uma iniciativa do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica (Sectet), que conta com a parceria da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e gestão da Fundação Guamá.
É o primeiro parque tecnológico a entrar em operação na região Norte do Brasil e tem como principal objetivo estimular a pesquisa aplicada e o empreendedorismo inovador e sustentável.
Foto: Bonifácio Sena / Fundação GuamáLocalizado às margens do rio Guamá, que dá nome ao complexo, o PCT Guamá está situado entre os campi das duas universidades e conta com um ecossistema rico em biodiversidade, estendendo-se por 72 hectares, destinados a edificações e à Área de Proteção Ambiental (APA) da Região Metropolitana de Belém.
O complexo conta com mais de 30 empresas residentes (instaladas fisicamente no parque), mais de 40 associados (vinculadas ao parque, mas não fisicamente instaladas), 12 laboratórios de pesquisa e desenvolvimento de processos e produtos, com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará (Eetepa) Dr. Celso Malcher, além de atuar como referência para o Centro de Inovação Aces Tapajós (Ciat), em Santarém, oeste do Estado.
Membro da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), da Associação Internacional de Parques de Ciência e Áreas de Inovação (Iasp), o PCT Guamá faz parte do maior ecossistema de inovação do mundo.