A Composta Belém, empresa associada ao Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, que atua com gestão de resíduos, educação ambiental e ações sustentáveis, realizou uma capacitação no Instituto Federal do Amazonas (Ifam), campus Tabatinga, município localizado na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. A atividade fez parte do II Workshop Internacional, realizado pelo Parque Científico e Tecnológico do Alto Solimões (PaCTAS), complexo ainda em fase de planejamento. O evento reuniu palestras, oficinas e mini cursos.
Samantha Chaar, CEO da empresa, conduziu uma palestra com objetivo de gerar renda e emprego aos catadores do município amazonense, oferecendo inclusão social, a partir da reciclagem. “A coleta seletiva é importante para oferecer condições melhores para essas pessoas que trabalham no lixão. A Composta Belém pôde contar com a experiência e vivência dos catadores nesse processo de educação ambiental e com o encontro de gerações e de conhecimentos. Temos como princípio potencializar a difusão dessas informações de vida dos catadores, a partir da segregação dos materiais para o trabalhador poder atuar em um local mais limpo, coberto e com materiais recicláveis”, reforça Samantha.
Apresentar tecnologias, práticas e ideias sustentáveis, formar uma geração mais consciente da importância da reciclagem e da preservação do meio ambiente, são propostas das atividades desenvolvidas pela empresa.
A segunda edição do Workshop Internacional do Parque Científico e Tecnológico do Alto Solimões foi um evento voltado para diálogos entre pesquisadores nacionais e internacionais e demais Instituições públicas e privadas, com foco na consolidação de estratégias para criação de uma rede de atividades para a consolidação do Projeto de criação do ecossistema de inovação e tecnologia do PaCTAS. O evento destacou a sociobieconomia local, estruturação e articulações institucionais, com foco no desenvolvimento regional por meio de ações, metas e indicadores que sinalizam possibilidades no Alto Solimões.
O PCT Guamá também esteve presente no painel de encerramento do evento, onde foi apresentado o modelo de governança adotado pelo Parque, que contou também com a participação de representantes da Finep, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, e do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional. “O PCT Guamá, como Parque de Ciência e Tecnologia que envolve várias instituições governamentais e diferentes universidades, acaba sendo um modelo de governança também para o PaCTAS que pretende unir Ufam (Universidade Federal do Amazonas), Ifam e UEA (Universidade do Estado do Amazonas) em torno de um inédito parque tecnológico na fronteira norte do país”, acrescenta Rodrigo Quites, diretor presidente da Fundação Guamá, gestora do PCT Guamá.
Parcerias
O treinamento oferecido aos integrantes da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Tabatinga foi uma parceria do PCT Guamá com o PaCTAS. A interlocução entre os parques já ocorreu nos últimos anos. Em agosto deste ano, uma comitiva formada por membros das universidades públicas, do Instituto Federal e do Governo do Estado do Amazonas visitou o PCT Guamá para conhecer a infraestrutura do complexo paraense que é modelo para o projeto do PaCTAS – o qual será construído entre os municípios de Tabatinga e Benjamin Constant, na tríplice fronteira do Brasil com a Colômbia e Peru.
Referência em inovação
O PCT Guamá é uma iniciativa do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica (Sectet), que conta com a parceria da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e gestão da Fundação Guamá.
É o primeiro parque tecnológico a entrar em operação na região Norte do Brasil e tem como principal objetivo estimular a pesquisa aplicada e o empreendedorismo inovador e sustentável.
Situado em uma área de 72 hectares entre os campi das duas universidades, o PCT Guamá conta com mais de 40 empresas residentes (instaladas fisicamente no parque), mais de 60 associados (vinculadas ao parque, mas não fisicamente instaladas), 12 laboratórios de pesquisa e desenvolvimento de processos e produtos, com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e a Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará (Eetepa) Dr. Celso Malcher, além de atuar como referência para o Centro de Inovação Aces Tapajós (Ciat), em Santarém, oeste do Estado.
É membro ainda da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e da Associação Internacional de Parques de Ciência e Áreas de Inovação (Iasp).