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Trabalho sobre projeto de Telefonia Celular Comunitária desenvolvido no PCT Guamá recebe prêmio nacional

Na foto, alunos do Lasse apresentam o projeto Celcom a calouros dos cursos de engenharia

Oferecer alternativas baratas de telefonia móvel e acesso à Internet para comunidades isoladas na Amazônia. Esse é o objetivo do projeto Telefonia Celular Comunitária (Celcom), desenvolvido pela Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio do Laboratório de Sensores e Sistemas Embarcados (Lasse), com o apoio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica (Sectet). O trabalho já apresenta importantes resultados e tem recebido reconhecimento nacional por isso. Um exemplo é o estudo “Projeto de telefonia celular GSM Baseada em Open Source e Open Hardware para comunidades rurais isoladas e carentes na Região Amazônica: Estudo de Caso em Itabocal – Irituia”, contemplado, neste mês de julho, com o Prêmio Vale-Capes de Ciência e Sustentabilidade de melhor dissertação na categoria Tecnologias Socioambientais, com ênfase no combate à pobreza.

De autoria do engenheiro Jeferson Breno Negrão Leite, e sob orientação do pesquisador Aldebaro Klautau Junior, a dissertação foi defendida em 2014, por meio do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da UFPA. O trabalho se destaca por testar a viabilidade do sistema alternativo de telefonia celular “Celcom”. De acordo com os resultados obtidos, a tecnologia desenvolvida pelo laboratório representa uma proposta de tecnologia inovadora, de baixo custo, capaz de fornecer às comunidades desprovidas dos serviços básicos de telefonia e Internet, de forma totalmente gratuita, serviços básicos de telefonia móvel GSM (conversação e SMS) e acesso à Internet com taxa média de 40 kbps (equivalente a uma conexão discada).

Jeferson Leite acredita que a dissertação produzida e o prêmio recebido possam incentivar a comunidade científica da Amazônia a aprofundar os estudos em comunicação móveis já existentes na região e permitir que outras tecnologias similares possam ser desenvolvidas. “É fato que as redes comunitárias terão papel de destaque na inclusão digital durante os próximos anos. Entendo que o prêmio é um dentre vários fatos indicando que a UFPA e parceiros estão não só posicionados para liderar pesquisas na área, mas  também fomentar empresas paraenses de base tecnológica que proverão soluções de impacto à comunidade rural amazônica.”

Parceria com a Sectet – Desde 2015 a Sectet é parceira da UFPA para tornar o Celcom um programa viável de ser reaplicado em diferentes regiões do estado. Pelo convênio firmado, serão implantados dois projetos pilotos de telefonia celular e Internet comunitárias: um  em uma comunidade rural do município de Irituia e outra na área de abrangência da Floresta Nacional de Caxiuanã.

A iniciativa de investir no Celcom integra as ações previstas pelo planejamento estratégico da Sectet, o qual prevê o investimento na difusão e reaplicação de tecnologias sociais, caracterizadas por apresentar soluções tecnológicas de baixo custo de instalação e manutenção para resolver problemas das comunidades e transformar suas realidades. “A exemplo deste caso, outras tecnologias sociais estão sendo financiadas neste momento, pela Secretaria, com o objetivo de colocar a ciência e a tecnologia, por meio da inovação, à serviço das populações paraenses mais carentes”, ressalta o secretário Alex Fiúza de Mello.

De acordo com o coordenador do Celcom, Aldebaro Klautau, “A Sectet deu ao Celcom a oportunidade que faltava para demonstrar que a inclusão digital em comunidades rurais pode ser mais eficaz nos aspectos técnico e econômico. Isto facilitará a atual articulação para que a legislação dê suporte à telefonia /Internet comunitárias, com o Celcom sendo replicado não só na Amazônia mas todo Brasil.”

Alguns dados referentes ao município de Irituia ajudam a vislumbrar os possíveis impactos positivos que o Projeto pode ocasionar. Com população de 31.364 habitantes, sendo 79% situados na zona rural e distribuídos em 48 comunidades, Irituia conta com apenas duas operadoras móveis, que atendem somente a sede do município.  As maiores comunidades possuem telefone público, mas sete aparelhos dos dez testados não funcionam.

Texto: Ana Carolina Pimenta – Ascom Sectet

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