Comitiva do governo do Reino Unido prospecta projetos bioeconômicos no PCT Guamá

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Uma comitiva da Embaixada Britânica no Brasil e da Unidade Internacional de Florestas do governo do Reino Unido visitou o Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá na manhã desta quinta-feira (16) para conhecer suas iniciativas relacionadas ao desenvolvimento da agenda da bioeconomia no Estado do Pará.

O grupo foi recepcionado por Rodrigo Quites Reis, diretor-presidente da Fundação Guamá, organização social gestora do complexo, que apresentou a estrutura, projetos e resultados do parque.

A comitiva esteve em Belém para participar do Bio Business, evento da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará (Semas), que tem a finalidade de estimular o intercâmbio de experiências e a exposição de iniciativas e perspectivas de oportunidades de setores relacionados à bioeconomia na Amazônia, de representantes do mercado, dos setores de investimento e financeiro, produtores, pesquisadores da área de inovação aplicada, sociedade civil e administração pública.

A recepção no PCT contou com visitas ao Laboratório de Óleos da Amazônia (LOA/UFPA), que é especializado no estudo de insumos amazônicos e suas transformações, utilizados principalmente para atender os setores ligados a energias renováveis, alimentos, cosméticos e bioprocessos, e à edutech Inteceleri, startup paraense voltada para a criação de projetos que visam melhoria da qualidade da educação, tendo atendido mais de 500 mil estudantes com sua metodologia que faz uso do óculos de realidade virtual Miriti Board e do aplicativo Geometa, focado em ensinar matemática no metaverso.

Para Bruna Cerqueira, Diretora Interina de Mudanças Climáticas, Natureza e Energia da Embaixada Britânica, a conexão entre pesquisa e negócios é estratégica. “Tudo aquilo que parte de inovação tem um imenso potencial. Uma região que possui pesquisa e trabalha bioativos desenvolve possibilidades. O LOA conecta o desenvolvimento científico com uma visão de negócios, e isso é importante, pois pode solucionar desafios da cadeia. É essencial ter esses atores da inovação e do desenvolvimento científico atrelado”.

Daniel Bergamo, gerente do programa Parceria Pelas Florestas, financiado pelo governo do Reino Unido, voltado a negócios que podem ser acelerados com base nas linhas estratégicas da bioeconomia, avalia que o PCT Guamá é uma peça chave para desenvolvimentos bieconômicos. “É gratificante ver que aqui desenvolvimentos estão em curso atendendo valores ambientalmente corretos. Há a extração e beneficiamento de matérias-primas para o atendimento da indústria, mas sem agredir o ecossistema, pois há o entendimento de desenvolvimento sustentável em cada etapa de trabalho. Há desafios, mas que podem ser ultrapassados com apoio e estratégias que se complementam”.

Na quarta-feira (15), Quites participou como painelista da sessão “Atraindo investimentos para criar um ecossistema de inovação bioeconômico no Pará” no evento “Diálogos da Bioeconomia: rumo à COP 30”promovido pela Embaixada Britânica e Centro de Empreendedorismo da Amazônia e que contou com especialistas que discutiram sobre os rumos da Bioeconomia.

O PCT Guamá – O PCT Guamá é uma iniciativa do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica (Sectet), que conta com a parceria da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e gestão da Fundação Guamá.

É o primeiro parque tecnológico a entrar em operação na região Norte do Brasil e tem como principal objetivo estimular a pesquisa aplicada e o empreendedorismo inovador e sustentável.

Situado em uma área de 72 hectares entre os campi das duas universidades, o PCT Guamá conta com mais de 40 empresas residentes (instaladas fisicamente no parque), mais de 60 associados (vinculadas ao parque, mas não fisicamente instaladas), 12 laboratórios de pesquisa e desenvolvimento de processos e produtos, com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e a Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará (Eetepa) Dr. Celso Malcher, além de atuar como referência para o Centro de Inovação Aces Tapajós (Ciat), em Santarém, oeste do estado. 

Membro da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), da Associação Internacional de Parques de Ciência e Áreas de Inovação (IASP), o PCT Guamá faz parte do maior ecossistema de inovação do mundo.

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