Empresas paraenses recebem consultoria para o desenvolvimento de práticas inovadoras sistematizadas

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O Selo Guamá busca contribuir para sistematizar a transformação de ideias em produtos ou serviços inovadores.

Dez empresas nas áreas de tecnologia, alimentos, sustentabilidade, meio ambiente e comércio, da região metropolitana de Belém, se inscreveram no processo de qualificação e mentoria voltados à implementação do Selo Guamá de Gestão da Inovação. O edital para o recebimento de propostas foi aberto no período de 20 a 28 de outubro. Seis empreendimentos inscritos são vinculados ao Parque de Ciência e Tecnologia Guamá.

A iniciativa é da Fundação Guamá, atual gestora do PCT Guamá, e busca contribuir para sistematizar a transformação de ideias em produtos ou serviços inovadores por meio da oferta de um selo de qualidade baseado em modelos e normas nacionais e internacionais da área de gestão da inovação. O processo pretende ainda melhorar os indicadores de competitividade de micro, pequenas e médias empresas paraenses. O projeto tem o apoio da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas, FAPESPA.

Para o diretor presidente da Fundação Guamá, Rodrigo Quites, no Brasil, a inovação é notável, resiliente e criativa, mas muitas vezes ocorre de maneira episódica e baseada na improvisação. O Selo Guamá, vem como um método rápido, uma consultoria necessária para sistematizar esse processo. “O que significa sistematizar? Significa que eu vou conduzir isso como um projeto, vou pegar as ideias, vou validar as ideias, vou identificar se as ideias contribuem com o valor de negócio da empresa. Precisamos ter um processo de colaboração formal, seja com uma instituição de ensino superior, ou com outra empresa. A inovação aberta é institucionalizada, é acompanhada, vão ter profissionais alocados para fazer isso. Outro exemplo, diz respeito à propriedade intelectual: a empresa precisa refletir sobre o que está sendo feito para ver até que ponto aquilo que está sendo produzido como inovação não precisa ser registrado, ter um registro de programa de computador, ou mesmo gerar uma patente.”, explica.

Até cinco empresas paraenses serão selecionadas para participarem gratuitamente do processo de qualificação e mentoria voltados à implementação do Selo, inspirado nas boas práticas adotadas no segmento, e no processo de gestão da inovação com base em métodos ágeis. O Selo Guamá foi pensado para funcionar em conjunto com o perfil 1 do Modelo de Gestão da Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, MGPDI, uma metodologia que visa maior eficácia na criação e proposição de inovações a partir da realidade de cada negócio. O procedimento técnico é desenvolvido pela SoftSul, associação que atua na capacitação da indústria de software e serviços de informática e promove ações de inovação e pesquisa.

A seleção dos empreendimentos será feita em três etapas que envolvem: Avaliação das normas exigidas no edital; realização de curso; aplicação de prova e análise dos documentos comprobatórios. A escolha leva em consideração critérios como o portfólio de produtos e serviços desenvolvidos comercializados pelo empreendimento, residência em ambientes de inovação como parques tecnológicos ou centros, vínculo com programas de aceleração, o recebimento de recursos públicos ou privados de pesquisa, desenvolvimento ou inovação.

O curso de introdução ao MGPDI foi realizado nesta quarta-feira, 16, e a prova na quinta-feira, 17. Após essas fases será divulgada a lista das empresas selecionadas para a consultoria, com capacitação no processo de gestão da inovação; orientação para a avaliação MGPDI; e avaliação no Perfil 1 do MGPDI. As atividades de capacitação serão realizadas em formato online, e eventos presenciais no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá.

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