Bioeconomia e govetech são destaques no encerramento do Amazônia Tech

Foto: Sérgio Moraes / Fundação Guamá

O último dia do “Amazônia Tech: Parques tecnológicos e inovação Sustentável na Amazônia”, evento que começou nesta quinta-feira (30) e se estendeu até esta sexta-feira (1°) no Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, destacou as possibilidades da bioeconomia e govtech.

A programação do último dia contou com palestras locais e nacionais, roda de conversa, rodadas de negócios, exposições do Amazon Maker, Tour Virtual, Caravana da Ciência e show da banda Fruto Sensual.

Foto: Marcelo Souza / Agência Pará

Luís Adriano Nascimento, vice-coordenador do Laboratório de Óleos da Amazônia (LOA), da Universidade Federal do Pará (UFPA), instalado no PCT Guamá, destacou a importância da bioeconomia para a Amazônia. “A bioeconomia é um caminho necessário. É imprescindível equilibrar a preservação da floresta à utilização dos seus recursos renováveis, aliar a pesquisa, o conhecimento tradicional e o desenvolvimento de possibilidades com valor agregado. Gera renda para os povos amazônicos e os capacita para lidar melhor com o ambiente”.

Camilo Amaro, coordenador do Laboratório de Bioquímica da Universidade Federal de Viçosa (UFV), apontou as possibilidades que a bioeconomia possui com investimentos. “Precisamos investir em tecnologia e inovação para fazer bons negócios, e bioeconomia é um excelente negócio. Estamos falando de alimentos, artesanato, remédios, cosméticos, móveis e outras possibilidades que podem ser desenvolvidas com pesquisa e geração de patentes para ter valor agregado. Mantém a floresta em pé, os rios fluindo, gera empregos e alcança a população naquilo que ela demanda”.

Foto: Marcelo Souza / Agência Pará

Segundo levantamento da Bloomberg citado em sua apresentação, as ESG (Ambiental, Social e Governança em tradução livre de Environmental, Social and Governance) deve atrair 53 trilhões de dólares em investimentos até 2025. Uma tendência a uma resposta das empresas aos desafios da sociedade contemporânea que diz respeito à integração da geração de valor econômico aliado à preocupação com as questões ambientais, sociais e de governança corporativa.

Durante o evento foi apresentado o edital Bootcamp Govtech, realizado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), que alia infraestruturas, soluções e agentes que utilizam a inovação e a tecnologia para melhorar serviços e processos públicos, solucionando problemas complexos e gerando impacto na sociedade.

As inscrições podem ser feitas até o dia 8 de dezembro no site startuppara.com.br

O Amazônia Tech é uma realização do PCT Guamá e Sectet com iniciativa da Fundação Guamá, conta com patrocínio da Mútua e Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), e apoio do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI), Parque Tecnológico de Viçosa (TecnoPARQ), Parque de Inovação Tecnológica São José dos Campos (PIT), Parque Tecnológico de Tucuruí (Tecnolago), Parque Tecnológico do Alto Solimões (PaCTAS), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), Startup Pará e Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa).

Referência em inovação

O PCT Guamá é uma iniciativa do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica (Sectet), que conta com a parceria da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e gestão da Fundação Guamá.

É o primeiro parque tecnológico a entrar em operação na região Norte do Brasil e tem como principal objetivo estimular a pesquisa aplicada e o empreendedorismo inovador e sustentável.

Situado em uma área de 72 hectares entre os campi das duas universidades, o PCT Guamá conta com mais de 40 empresas residentes (instaladas fisicamente no parque), mais de 60 associados (vinculadas ao parque, mas não fisicamente instaladas), 12 laboratórios de pesquisa e desenvolvimento de processos e produtos, com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e a Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará (Eetepa) Dr. Celso Malcher, além de atuar como referência para o Centro de Inovação Aces Tapajós (Ciat), em Santarém, oeste do Estado.

Membro da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), e da Associação Internacional de Parques de Ciência e Áreas de Inovação (Iasp), o PCT Guamá faz parte do maior ecossistema de inovação do mundo.

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