PCT Guamá recebe visita internacional para fortalecer a relação entre o Pará e o Canadá, em prol da inovação

Foto: Amazonvant

Nesta sexta-feira (01), o embaixador do Canadá, Emmanuel Kamarianakis, visitou o Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá para tratar sobre desenvolvimento industrial, pesquisa e conhecer as instituições parceiras do parque. O emissário cumpriu agenda em Belém esta semana. “Já temos no Canadá muitas parcerias com o Brasil e queremos fortalecer essa conexão com o Estado do Pará. Acho que esse parque oferece oportunidades de trabalhar com mais empresas brasileiras na inovação, ciência e na pesquisa, e oferece oportunidades de avançar nossa economia”, declara Emmanuel.

O embaixador foi recebido pela equipe técnica da Fundação Guamá, instituição que administra o parque, e em seguida visitou o Centro de Valorização de Compostos Bioativos da Amazônia (CVACBA), laboratório da UFPA instalado no complexo, e que atua com pesquisas na cadeia produtiva do cacau, açaí, além da biotecnologia e processos para o desenvolvimento de novos produtos.

Foto: Ayla Ferreira / Fundação Guamá

Para o diretor-presidente da Fundação Guamá, Rodrigo Quites, o encontro com o embaixador é um passo importante para conectar o PCT Guamá, seus residentes com o Canadá, e também as empresas atendidas pelo Peiex, que é um programa do Governo Federal de qualificação para exportação oferecido pela Apex-Brasil, executado pela Fundação Guamá no Pará e no Amapá. Centenas de empresas paraenses vêm sendo capacitadas nos últimos anos pela iniciativa.

A interação com o Canadá já ocorreu em outros momentos. “Em abril nós visitamos o EPICentre da Universidade de Windsor, e o David Johnston Research+Technology Park de Waterloo, quando iniciamos as tratativas para criação de um programa de aceleração cruzada envolvendo os dois países. O entusiasmo do embaixador em sua visita, inclusive citando o apoio da Embaixada a programas bilaterais com instituições parceiras como a Embrapii nos leva a crer em um futuro promissor de conexões”, detalha o diretor.

Durante a visita, Emmanuel Kamarianakis destacou que estabelecer parcerias com o Brasil é uma prioridade para o Canadá, e que o país deseja trabalhar mais na região amazônica, e ampliar a colaboração econômica existente entre os dois países. “Acredito que temos um futuro juntos para gerar inovações na saúde, no agronegócio, no meio-ambiente, e trabalhar nos temas de alimentação global. Empresas e entidades canadenses querem aprender sobre o que está acontecendo na Amazônia e com esses investimentos que vocês fazem na ciência e educação, queremos poder trabalhar juntos”, destaca.

O representante do Canadá explicou ainda que a visita foi uma oportunidade de conhecer como funciona o ecossistema em Belém e no PCT Guamá, e disse que delegações canadenses chegam ao Brasil em busca de parcerias em prol da ciência, da tecnologia e inovação, e por isso a aproximação com as iniciativas desenvolvidas no PCT Guamá, são importantes.

O PCT Guamá – O PCT Guamá é uma iniciativa do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica (Sectet), que conta com a parceria da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e gestão da Fundação Guamá.

É o primeiro parque tecnológico em operação na região Norte do Brasil e tem como principal proposta estimular a pesquisa aplicada e o empreendedorismo inovador e sustentável.

Situado em uma área de 72 hectares entre os campi das duas universidades, o PCT Guamá conta com mais de 40 empresas residentes (instaladas fisicamente no parque), mais de 60 associados (vinculadas ao parque, mas não fisicamente instaladas), 12 laboratórios de pesquisa e desenvolvimento de processos e produtos, com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e a Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará (Eetepa) Dr. Celso Malcher, além de atuar como referência para o Centro de Inovação Aces Tapajós (Ciat), em Santarém, oeste do estado.

É membro ainda da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e da Associação Internacional de Parques de Ciência e Áreas de Inovação (Iasp).

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