PCT Guamá inova em tecnologias para a educação

Plataforma criada pelo Governo do Estado, durante a pandemia, para preparar alunos de escolas públicas ao Enem teve a contribuição de empresas do PCT Guamá

O Parque de Ciência e Tecnologia Guamá, construído pelo governo do Estado no campus da Universidade Federal do Pará, em Belém. Foto: AmazonVant

A inovação em educação é destaque na trajetória do PCT Guamá, a exemplo da Inteceleri e da Mundo Digital Interativo (MDI), empresas instaladas no parque desde 2016, quando o Espaço Inovação, o primeiro prédio multiusuário, foi inaugurado.

Enquanto a Inteceleri foca em técnicas de ensino e aprendizagem da matemática e geografia por meio de jogos e tecnologias como Realidade Virtual, a MDI utiliza vídeos, laboratórios virtuais e exercícios interativos para o ensino da engenharia, por meio de uma plataforma própria.

know-how das empresas contribuiu para a parceria do PCT Guamá no EnemPará, plataforma criada pelo Governo do Estado, durante a pandemia, para ampliar as alternativas de preparação ao Exame Nacional do Ensino Médio para alunos da rede pública.

CEO da Inteceleri, Walter Oliveira Jr. destaca o networking como uma das maiores vantagens do parque. “Fazer parte desse ecossistema é um grande diferencial, o nosso nome ‘linkado’ à instituição que tem à sua volta a UFPA, a Ufra e todos aquelas organizações que estão ligadas à tecnologia, inovação e empreendedorismo. A grande vantagem de estar no parque é de alguma forma compartilhar as nossas experiências com outros residentes e conseguir se ajudar”, afirma o empreendedor.

O know-how das empresas contribuiu para a parceria do PCT Guamá no EnemPará, plataforma criada pelo Governo do Estado

“Além disso, o fato de estarmos no centro de uma das maiores universidades da Amazônia, fortalece ainda mais a imagem da nossa startup. E eu como pesquisador que sou, vejo o parque como uma instituição que proporciona a gente converter ciência em produto, e que esse produto seja utilizado pela sociedade”, finaliza Walter.

Outra iniciativa na área da educação é o intercâmbio de empresas residentes da área de TIC com a EETEPA Dr. Celso Malcher, escola instalada na área do parque. A Fundação Guamá, em parceria com empresas residentes, está articulando a criação de cursos voltados para a formação de programadores de nível médio.

“Considero de fundamental importância trabalharmos na maior integração dos residentes do PCT Guamá com a escola Celso Malcher, tanto para melhoria da formação dos jovens estudantes quanto pela oportunidade de atuação deles como colaboradores nas nossas empresas. O setor de software gera oportunidades para profissionais de diferentes níveis de formação e, após a crise que estamos passando, certamente será uma área que terá de lidar com uma elevada demanda de produtos e serviços especializados”, informa Quites.

Startups instaladas no ‘Parque’ criam Plataformas e Apps que facilitam a vida dos paraenses e têm soluções para empresas

Plataformas e apps – Startups também criaram soluções para facilitar a vida dos paraenses ou organizar informações em períodos relevantes. O app Ubá, lançado em julho de 2019, facilitou a aquisição de passagens fluviais e o acesso a informações sobre o transporte de barco na Amazônia, com detalhes das linhas de navegação, os horários de saída e chegada, as características das embarcações e terminais, bem como as empresas que atuam em cada linha.

Durante a pandemia, a Solved Soluções em Geoinformação criou uma plataforma para rápida visualização espacial da distribuição de casos de Covid-19 no Pará, feita de forma voluntária, a partir de dados da Sespa. Posteriormente a iniciativa se expandiu e se uniu a uma rede interinstitucional com organizações acadêmicas, empresas emergentes de base tecnológica e uma organização do terceiro setor, resultando na plataforma http://covid.mapbiomas.org/.

Perspectivas – Para a próxima década, o PCT Guamá pretende ser referência na promoção da inovação e na geração de oportunidades transformadoras na Amazônia. Em 2021, em parceria com a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), a Fundação Guamá será a co-executora do Centelha, programa que visa estimular a criação de empreendimentos inovadores no Brasil.

Iniciativa promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e pela Finep, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e a Fundação CERTI, o Centelha é operado por meio de parceiros estaduais credenciados, utilizando recursos do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). O programa contará com um aporte em torno de R$ 3 milhões para o desenvolvimento de empreendimentos inovadores no estado do Pará.

“Fico muito feliz que essa parceria esteja sendo celebrada no período em que o PCT Guamá comemora 10 anos. Isso mostra o nível de amadurecimento não somente da infraestrutura do parque, mas da nossa capacidade de apoiar o fortalecimento de empresas”, pontua o diretor presidente da Fundação Guamá, Rodrigo Quites.

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