Produtores de queijo e de leite do Marajó conhecem as tecnologias e serviços do PCT Guamá

Com o objetivo principal de promover a qualidade total das atividades desenvolvidas pelos empreendedores

Produtores de queijo e leite da ilha do Marajó participaram nessa segunda-feira (11) de uma visita técnica no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá), onde conheceram os laboratórios de Qualidade do Leite, Engenharia Biológica e Instrumentação para Produtos Agroindustriais, sendo dois específicos de leite e um de melhoramento genético da Búfala.

“A intenção é promover a qualidade total das atividades desenvolvidas por esses empreendedores marajoaras, que são atendidos pelo Sebrae no Pará”, explicou o gerente da instituição na região do Marajó, Taylis Mesquita.

“Na visita, eles puderam  ver, na prática, inovações e tecnologias que os produtores podem encontrar aqui mesmo no estado, no PCT Guamá, através da pesquisa e do desenvolvimento voltado para o setor agropecuário, para produção de leite e seus derivados, tendo à disposição os laboratórios e centros de pesquisa mais modernos do país”, destacou o coordenador de prospecção e transferência de tecnologia do PCT Guamá, Milksom Campelo.

Laboratórios
Com investimento total de quase R$ 2,3 milhões, o laboratório de Qualidade do Leite, coordenado pelo Programa de Ciência e Tecnologia de Alimentos, da Universidade Federal do Pará (UFPA), é o primeiro do gênero a funcionar na Região Norte. O objetivo é rastrear a produção leiteira paraense, conferindo-lhe controle e selo de qualidade. O laudo emitido pelo laboratório possibilita que os produtores negociem melhores preços e comercializem seus produtos em todo o Brasil.

No local, são realizados análise da qualidade do leite por meio de Contagem de Células Somáticas (CCS); contagem Bacteriana Total do Leite (CBT); composição físico-química (teores de gordura, proteína, lactose, sólidos totais e sólidos desengordurados); composição nutricional de forrageiras (a ser implantado) e de ingredientes de rações (complementar), entre outras atividades.

O laboratório de Engenharia Biológica é especializado em serviços que demandam técnicas de engenharia genética, produção de proteínas recombinantes e outros insumos básicos para o setor biotecnológico, oferecendo serviços como diagnósticos; produção de insumos e kits de diagnósticos; sequenciamento de ácidos nucleicos; bioinformática; produção de moléculas recombinantes; manutenção e produção de células e quantificação de expressão de genes.

O laboratório de Instrumentação para Produtos Agroindustriais oferece uma estrutura para análises laboratoriais de referência no suporte à pesquisa agronômica e agroindustrial no Pará, como análises de produtos da biodiversidade para a caracterização de alimentos e para a identificação de agrotóxicos, além de prestar assessorias para micro e pequenas empresas do setor de alimentos para o desenvolvimento de novos produtos e processos, dentre outros.

Queijo

Até 2013, a venda do queijo do Marajó não era legalizada no estado. Um trabalho conjunto entre Sebrae, a antiga Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri), Agência de Defesa Agropecuário do Estado do Pará (Adepará) e Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), além de outros parceiros como universidades e instituições de pesquisa, criou normas de fabricação do produto. As regras, definidas em portaria, tratam, entre outras coisas, de estrutura das queijarias, tipo de revestimento, ventilação, regras de higiene na produção e na área de ordenha. Atualmente, há 11 queijarias com registros e duas prestes a conseguir, que estão comercializando o queijo do Marajó também na Região Metropolitana de Belém.

Uma das frentes de trabalho atuais é para a conquista da Identificação Geográfica (IG) do Queijo do Marajó, uma ferramenta coletiva de proteção e promoção comercial de produtos tradicionais vinculados a determinados territórios. “Uma das ações é a composição dos documentos que fazem parte do dossiê histórico e de notoriedade do Queijo do Marajó, documento que estabelece a delimitação geográfica da IG, além de selo de Identidade, em safe de finalização”, destaca Taylis Mesquita.

Com informações de: Ascom SEBRAE
Imagens: Silvaneide Guedes
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